Esboço de Pregação: A Doce e Urgente Promessa: Vivendo à Espera da Vinda do Senhor
“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: ‘Sim, venho em breve!’ Amém. Vêm, Senhor Jesus!”
Apocalipse 22:20
A última promessa da Bíblia e a resposta da Igreja
Amados irmãos e líderes, ao chegarmos à última página da Palavra de Deus, encontramos não um ponto final, mas, de fato, uma promessa gloriosa que se projeta para a eternidade. Pensem nisto: a Bíblia inteira, desde Gênesis até Apocalipse, culmina nesta declaração final do próprio Cristo. Logo, esta não é uma promessa qualquer; é o selo, a garantia e a grande esperança que sustenta a fé da Igreja ao longo dos séculos.
Imediatamente após a promessa, surge a resposta apaixonada da Noiva, a Igreja, que clama com um anseio profundo: “Amém. Vêm, Senhor Jesus!”. Portanto, nesta noite, vamos mergulhar nosso coração nesta verdade fundamental, permitindo que a certeza da Sua vinda e o anseio por ela transformem radicalmente a maneira como vivemos.
1. Esboço de Pregação: A Promessa Certa de Cristo: “Sim, venho em breve”
Em primeiro lugar, devemos firmar nossa fé na rocha inabalável da promessa de Cristo. Observem que a afirmação começa com a palavra “Sim”, que em grego (Nai) carrega um sentido de certeza absoluta, uma confirmação solene.
Desse modo, Jesus não está expressando uma possibilidade, mas sim declarando um fato inevitável. Além disso, Ele mesmo é “Aquele que dá testemunho destas coisas”, ou seja, a testemunha fiel e verdadeira. Consequentemente, a fonte desta promessa é a mais confiável de todo o universo.
Ademais, a expressão “venho em breve” tem gerado muitas discussões ao longo da história. Contudo, precisamos entendê-la a partir da perspectiva de Deus, para quem mil anos são como um dia. A palavra grega para “breve” (tachu) sugere não apenas rapidez no tempo, mas também a ideia de um evento súbito e repentino. Assim sendo, a vinda d’Ele pode não ter sido imediata para as gerações passadas, mas, quando acontecer, será de repente, como um relâmpago que corta os céus. De fato, o próprio Jesus nos alertou em Mateus 24:44:
“Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.”
Portanto, a certeza da Sua vinda não deve nos levar à especulação de datas, mas, primordialmente, a uma preparação constante do coração. Esta é a bendita esperança da Igreja, como Paulo a chamou em Tito 2:13, uma âncora segura para a nossa alma em meio às tempestades da vida.
2. Esboço de Pregação: A Resposta Ardente da Igreja: “Amém. Vêm, Senhor Jesus!”
Em segundo lugar, diante de uma promessa tão poderosa, a resposta da Igreja é igualmente intensa e apaixonada. A palavra “Amém” significa “que assim seja”, uma expressão de fé e concordância total com a declaração de Cristo. Em outras palavras, a Igreja ouve a promessa e responde: “Nós cremos! Nós concordamos! Que a Tua palavra se cumpra!”. Imediatamente depois, brota do coração da Noiva o clamor: “Vêm, Senhor Jesus!”. Este não é um pedido casual; é, na verdade, um gemido de saudade, um anseio profundo pela presença do Noivo.
Este clamor, também conhecido como “Maranata” em aramaico, encapsula o sentimento de um povo que vive como peregrino neste mundo. Enquanto desfrutamos das bênçãos de Deus aqui, reconhecemos que esta terra não é o nosso lar definitivo. Consequentemente, nossos corações anseiam pelo dia em que toda dor, todo choro e toda injustiça cessarão.
Ansiamos pelo dia em que veremos nosso Salvador face a face. Portanto, esta resposta da Igreja revela a natureza do nosso relacionamento com Cristo. Não esperamos apenas por um rei que trará juízo, mas, acima de tudo, esperamos pelo Noivo a quem amamos. Assim, este clamor deve ser a oração constante em nossos lábios e o desejo mais profundo de nosso espírito. É, em suma, a maior expressão de amor e saudade que a Igreja pode dirigir ao seu Senhor.
3. Esboço de Pregação: A Implicação para Nossas Vidas
Finalmente, esta esperança gloriosa não é uma doutrina para ser meramente guardada na mente; ela é, de fato, uma verdade para transformar o nosso viver diário. Em primeiro lugar, viver com a perspectiva da Sua volta purifica as nossas vidas. O apóstolo João afirma claramente em 1 João 3:3:
“E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.”
Desse modo, quando vivemos sabendo que o Senhor pode voltar a qualquer momento, somos motivados a abandonar o pecado e a buscar uma vida de santidade. A iminência da Sua vinda funciona como um poderoso incentivo para vigiar e orar, para manter nossas vestes limpas.
Além disso, e como consequência direta, essa esperança nos motiva para a missão. Se Jesus está voltando em breve, então o tempo para alcançar os perdidos é curto. Esta urgência deve acender em nós um fogo pelo evangelismo e pelas missões. Não podemos ficar parados enquanto milhões caminham para uma eternidade sem Cristo.
Portanto, a esperança da Sua vinda nos impulsiona para fora das quatro paredes da igreja, com a mensagem do Evangelho nos lábios. Viver na expectativa do “Maranata” significa, por conseguinte, alinhar nossas prioridades, nossos investimentos, nosso tempo e nossas paixões com aquilo que é eterno. Em vez de acumular tesouros na terra, passamos a ajuntar tesouros no céu.
Conclusão
Em conclusão, a última promessa da Bíblia é o farol que ilumina a jornada da Igreja neste mundo. A certeza da promessa de Cristo (“Sim, venho em breve!”) deve nos dar segurança inabalável. Similarmente, a resposta da Igreja (“Amém. Vêm, Senhor Jesus!”) deve ser o anseio constante de nosso coração.
E, mais importante, as implicações desta verdade devem moldar cada aspecto de nossa existência, nos levando à pureza e à paixão pela missão. Que a bendita esperança da volta iminente de Cristo não seja apenas uma nota de rodapé em nossa teologia, mas que seja, de fato, a bússola que guia nossas vidas, a lente através da qual vemos o mundo e a paixão que consome nosso coração. Maranata! Ora, vem, Senhor Jesus!
