Identificando e Removendo as Barreiras na Comunicação com Deus
Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. Isaías 59:2.
Neste Estudo Bíblico sobre Oração, tratamos de um assunto delicado, mas absolutamente vital: as barreiras que podem impedir nossas orações. De fato, muitos de nós já passamos pela frustração de orar por algo e sentir que nossas palavras não passam do teto.
Embora às vezes isso se deva ao silêncio soberano de Deus, a Bíblia é clara ao apontar que, em outras ocasiões, existem obstáculos em nossa própria vida que dificultam essa comunhão.
Portanto, este estudo não tem como objetivo acusar, mas sim nos equipar para um autoexame honesto, a fim de limparmos o canal de comunicação com o Pai e desfrutarmos de uma vida de oração mais eficaz.
Pai Celestial, sondas o nosso coração e conheces o nosso interior. Pedimos, com humildade, que o Teu Espírito Santo ilumine nossa mente ao examinarmos estas verdades. Mostra-nos se há em nós algum caminho mau que esteja impedindo nossas orações. Desejamos, acima de tudo, ter uma comunhão pura e desimpedida contigo. Em nome de Jesus, amém.
I. O Obstáculo do Pecado Não Confessado
O primeiro e mais significativo obstáculo é o pecado consciente e não confessado em nossa vida. O profeta Isaías, no versículo-chave, é explícito ao dizer que nossas iniquidades criam uma separação entre nós e Deus. De forma semelhante, o salmista declara no Salmo 66:18: “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá”.
É crucial entender que isso não significa que perdemos nossa salvação, mas sim que o pecado quebra a nossa intimidade e comunhão com o Pai. Consequentemente, a oração, que é um ato de intimidade, fica prejudicada. A solução, portanto, é a confissão sincera, como nos promete 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”.
II. O Obstáculo da Incredulidade e Dúvida
A fé, como vimos em estudos anteriores, é a moeda corrente do Reino de Deus. A ausência dela, ou seja, a incredulidade e a dúvida, funciona como uma barreira intransponível para a oração. Tiago é extremamente direto sobre isso em sua epístola: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.
Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.” (Tiago 1:6-7). Em outras palavras, a dúvida anula a petição. A oração que agrada a Deus e obtém resposta é aquela que se aproxima com a confiança de que Ele existe e é poderoso para agir, mesmo que não vejamos como.
III. O Obstáculo das Motivações Egoístas
Outro ponto de autoexame crucial é a motivação por trás de nossas orações. Por que estamos pedindo o que pedimos? É para a glória de Deus ou para a satisfação de nossos próprios desejos egoístas? Novamente, Tiago nos adverte: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tiago 4:3).
Deus não é um gênio da lâmpada obrigado a satisfazer nossos caprichos. A oração eficaz é aquela que busca, acima de tudo, o alinhamento com a vontade de Deus. Assim sendo, quando nosso principal desejo é ver o Reino de Deus avançar e Sua vontade ser feita, nossas petições se tornam muito mais poderosas.
IV. O Obstáculo da Falta de Perdão
Jesus estabeleceu uma conexão direta e inegociável entre o perdão que damos e o perdão que recebemos, o que impacta diretamente nossa vida de oração. Em Marcos 11:25, Ele instrui: “E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas”.
Um coração que abriga amargura, ressentimento e falta de perdão é um coração fechado. Como podemos esperar receber a graça e a misericórdia de Deus em resposta às nossas orações se nos recusamos a estender essa mesma graça aos outros?
Portanto, perdoar não é apenas um benefício para o outro, mas uma condição para mantermos nosso próprio canal com Deus desobstruído. Para isso, meditar em Versículos sobre oração e perdão pode transformar nosso coração.
V. Conclusão: Limpando o Canal Para a Oração
Em conclusão, a Bíblia nos mostra que uma vida de oração eficaz está diretamente ligada a uma vida de comunhão sincera com Deus e com o próximo. Vimos que o pecado não confessado, a dúvida, as motivações egoístas e a falta de perdão são barreiras reais que podem nos impedir de experimentar todo o poder da oração.
O objetivo de identificar esses obstáculos, contudo, não é gerar culpa, mas nos levar ao arrependimento e à liberdade. Que possamos, portanto, permitir que o Espírito Santo sonde nosso coração regularmente, para que, com um coração puro e uma fé genuína, nossas preces cheguem ao trono da graça sem impedimentos.
Desafio Prático:
Tire um tempo nesta semana para uma “faxina espiritual”. Em oração, peça ao Espírito Santo que lhe mostre se algum desses quatro obstáculos está presente em sua vida. Seja específico: existe algum pecado não confessado? Alguém que você precisa perdoar? Uma motivação egoísta em suas orações? Confesse, arrependa-se e perdoe para limpar o canal.
Oração Final:
Senhor, sonda o meu coração. Conhece os meus pensamentos e vê se há em mim algum caminho mau. Eu confesso minhas falhas, minha incredulidade, meu egoísmo e minha dificuldade em perdoar. Lava-me e purifica-me. Eu desejo, Pai, que nada possa impedir minha comunhão contigo, para que minhas orações sejam um aroma suave em Teu altar. Em nome de Jesus, amém.