“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos […] sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons.” (2 Timóteo 3:1-3)
“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.” (1 Pedro 5:8)
O Cenário Atual e o Alerta das Escrituras
De fato, as palavras do apóstolo Paulo, embora escritas há quase dois milênios, parecem, surpreendentemente, um retrato fiel dos nossos dias. Em outras palavras, vivemos atualmente em uma era de ansiedade, divisões e, acima de tudo, valores invertidos.
Consequentemente, o mal, de forma estratégica e sutil, tem se infiltrado no coração da sociedade e, de maneira ainda mais devastadora, no seio de nossas famílias. Portanto, a pressão e as armadilhas do adversário nunca foram tão evidentes, especialmente sobre pais e adolescentes.
O Ataque Direcionado aos Pais
Para os pais, por exemplo, o ataque se manifesta no esgotamento. Em primeiro lugar, a pressão por prover, somada ao bombardeio de ideologias que contradizem a Palavra de Deus, gera, por conseguinte, um sentimento de impotência.
Além disso, o inimigo sussurra mentiras de que você não é um bom pai ou uma boa mãe, ou seja, que seus esforços são em vão. Ele promove, assim, a ocupação excessiva para que o tempo de qualidade, o culto doméstico e as conversas profundas sobre fé sejam substituídos pelo cansaço e pela distração. Em resumo, o objetivo do mal é claro: neutralizar a primeira e mais importante instituição de ensino espiritual que uma criança possui – seus pais.
A Batalha pela Mente dos Adolescentes
Enquanto isso, para os adolescentes, a batalha é travada no campo da mente e da identidade. Primeiramente, o inimigo usa as redes sociais para semear a comparação, a ansiedade e, ademais, um desejo insaciável por aceitação.
Em segundo lugar, a oferta de prazeres instantâneos e a normalização do pecado criam uma névoa espiritual, dificultando, dessa forma, a visão clara do propósito de Deus. A solidão, mesmo em um mundo hiperconectado, torna-se, consequentemente, uma porta para a depressão e para influências malignas que prometem preencher um vazio que só Cristo pode ocupar. Em outras palavras, o adversário quer devorar a fé da nova geração antes que ela crie raízes profundas.
A Preparação Ativa para a Vinda de Cristo
Então, como nos preparamos para a volta de Jesus em meio a este cenário? A resposta, contudo, não está em construir um forte e nos isolarmos do mundo, mas, pelo contrário, em fortalecer nossa casa por dentro. Em suma, a preparação é ativa e intencional.
Pais, assumam seu posto sacerdotal:
Acima de tudo, mais do que nunca, seus filhos precisam ver em vocês um exemplo vivo de fé. Portanto, orem *com* eles e *por* eles. Desliguem as telas e, em contrapartida, abram a Bíblia juntos. Criem um ambiente onde eles se sintam seguros para confessar suas lutas sem medo de julgamento, pois sua maior arma contra o mal é um lar onde o Espírito Santo habita.
Adolescentes, guardem seu coração:
É preciso entender que sua identidade não está em curtidas ou seguidores, mas, fundamentalmente, em ser um filho amado de Deus (Gálatas 3:26). Por isso, sejam seletivos com o que vocês consomem online. Além disso, busquem amizades que os aproximem de Cristo, porque a verdadeira força não está em se conformar com este mundo, mas em ser transformado pela renovação da vossa mente (Romanos 12:2).
Finalmente, a volta de Jesus não deve ser um motivo de medo, mas a nossa bendita esperança (Tito 2:13). Cada desafio que enfrentamos hoje é, de fato, um lembrete de que este mundo não é o nosso lar definitivo.
Preparar-se, em última análise, não é sobre perfeição, mas sobre direção. É manter os olhos fixos em Cristo, o autor e consumador da nossa fé, e lutar, com as armas espirituais que Ele nos deu, para que nossa família inteira possa cruzar a linha de chegada e ouvir do Pai: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:34). Por conseguinte, vigiai e orai, pois a nossa redenção se aproxima.