A Grande Comissão: Uma Ordem, não uma Opção

Esboço de Pregação: A Grande Comissão: Uma Ordem, não uma Opção

A Grande Comissão em Mateus 28: A Ordem de Cristo que Define a Missão da Igreja

“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28:18-20)

Frequentemente, tratamos as últimas palavras de alguém com extrema importância e solenidade. De fato, elas carregam o peso de um legado. No texto de hoje, encontramos as últimas instruções de Jesus aos seus discípulos antes de Sua ascensão. Consequentemente, estas não são meras sugestões ou conselhos amigáveis; elas são, em verdade, a declaração de missão para toda a Sua Igreja, em todos os tempos.

Muitas vezes, admiramos a Grande Comissão, mas falhamos em entender sua natureza imperativa. Portanto, o propósito desta mensagem é redefinir nossa perspectiva, mostrando que esta passagem não apresenta uma opção para o crente, mas sim uma ordem direta que deve moldar nossa identidade e propósito. Assim, vamos analisar por que essa comissão é inegociável e como podemos vivê-la hoje.

Desenvolvimento

1. A Autoridade que Valida a Nossa Missão (v. 18)

Primeiramente, é fundamental notar como Jesus inicia Seu mandato. Ele não começa com a ordem, mas sim com uma declaração de soberania: “É-me dado todo o poder no céu e na terra.” Essa afirmação é a base de tudo o que se segue. Em outras palavras, a nossa missão não se apoia em nossa própria força, em nossos talentos ou em nossa coragem. Pelo contrário, ela está firmemente alicerçada na autoridade suprema e incontestável de Cristo.

Além disso, saber disso muda tudo. Quando enfrentamos o medo, a insegurança ou a oposição, devemos nos lembrar que não vamos em nosso próprio nome. Consequentemente, agimos como embaixadores do Rei do universo, que detém todo o poder.

Essa autoridade nos dá a ousadia para ir a lugares difíceis e falar com pessoas que parecem inalcançáveis. Portanto, a primeira etapa para obedecer à Grande Comissão é descansar plenamente na autoridade de quem nos enviou, pois somente assim nossa confiança estará no lugar certo.

2. As Ações que Definem a Nossa Missão (vv. 19-20a)

Em segundo lugar, Jesus detalha o que essa missão envolve através de quatro verbos cruciais. O verbo principal é “fazei discípulos”, enquanto os outros três — “ide”, “batizando” e “ensinando” — descrevem como esse discipulado acontece.

  • Ide: Primeiramente, a missão exige movimento. “Ir” significa sair da nossa zona de conforto, da nossa bolha de segurança e atravessar a rua, a cidade ou o oceano. De fato, a fé cristã não foi projetada para ser estática ou contida dentro de quatro paredes. Assim sendo, ela é inerentemente missionária e expansiva.
  • Fazei Discípulos: Este é o coração da ordem. Jesus não disse para fazer apenas convertidos ou membros de igreja, mas sim discípulos. Em outras palavras, seguidores comprometidos que aprendem, obedecem e se parecem cada vez mais com o Mestre. Isso, por sua vez, implica um processo de relacionamento, mentoria e investimento de vida.
  • Batizando: Além disso, o batismo é a marca pública de identificação com Cristo. É o primeiro passo de obediência do novo discípulo, um testemunho externo de uma transformação interna. Portanto, ao batizar, estamos celebrando e oficializando a entrada de alguém na família da fé.
  • Ensinando: Finalmente, o discipulado é consolidado através do ensino contínuo da Palavra de Deus. Não se trata de ensinar opiniões, mas sim “a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. Consequentemente, isso aponta para uma obediência prática e uma formação de caráter baseada nos mandamentos de Cristo.

3. A Promessa que Sustenta a Nossa Missão (v. 20b)

Por fim, Jesus conclui Sua ordem com uma das promessas mais reconfortantes de toda a Escritura: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.” Jesus sabia perfeitamente que a tarefa que Ele estava designando seria desafiadora e, por vezes, solitária. Portanto, Ele nos assegura de Sua presença contínua e inabalável.

Essa promessa é o combustível que nos sustenta na jornada. Em cada conversa difícil, em cada momento de desânimo, em cada fronteira cultural que cruzamos, Cristo está conosco. De fato, Sua presença não é intermitente; ela é garantida “todos os dias”, sem exceção. Assim, não há um único momento na nossa obediência missionária em que estejamos sozinhos. Essa verdade nos capacita a perseverar com esperança e coragem, sabendo que o Senhor da missão está intimamente envolvido conosco em cada passo do caminho.

Conclusão

Em resumo, a Grande Comissão não é um programa opcional para super-crentes, mas sim a essência da vida cristã. Ela flui da autoridade de Cristo, se manifesta em ações concretas de ir, discipular, batizar e ensinar, e é sustentada pela promessa de Sua presença constante. Diante disso, a pergunta para cada um de nós hoje não é “se” devemos nos envolver, mas “como” e “onde”. Portanto, que possamos deixar de ser meros admiradores da missão e nos tornarmos participantes ativos, obedecendo à ordem do nosso Rei com urgência e alegria.

Mais do autor

Qual a importância da oração em línguas?

Qual a importância da oração em línguas?

Esboço de Pregação: O Coração Missionário de Deus em João

Esboço de Pregação: O Coração Missionário de Deus em João 3:16