Como saber se o que sinto é de Deus ou da minha própria cabeça?

Como saber se o que sinto é de Deus ou da minha própria cabeça?

Como Saber se o que Sinto é de Deus ou da Minha Própria Cabeça? 12 Formas Simples de Discernir a Voz de Deus em Sua Vida Diária

12 Formas de Como saber se o que sinto é de Deus ou da minha própria cabeça? Esta é uma questão profunda e, por conseguinte, de grande importância na jornada de fé. Frequentemente, as pessoas se veem em um dilema, tentando entender a origem de suas inspirações, desejos e sentimentos.

A distinção entre a voz de Deus e os ruídos da nossa mente pode ser sutil. Este texto não é um guia definitivo, mas sim uma reflexão sobre doze formas de como ponderar e buscar a verdade em suas convicções mais íntimas. Além disso, ele foi pensado para servir como uma ferramenta de análise pessoal. Por exemplo, ao invés de buscar uma resposta imediata, considere cada ponto como uma lente para examinar suas experiências.

Primeiramente, é vital reconhecer que Deus fala conosco de maneiras diversas, como através da Bíblia, da natureza e da nossa consciência. No entanto, é a nossa responsabilidade aprender a discernir. Assim, a seguir, exploramos doze métodos de discernimento, cada um com sua relevância, para ajudá-lo a caminhar com mais segurança e clareza.

1. Conferência com a Bíblia: O Fundamento de Toda a Verdade

Como entender a Bíblia? A Palavra de Deus, primeiramente, é a nossa âncora e o nosso ponto de referência. Se um sentimento, uma ideia ou uma direção que você acredita ser de Deus não se alinha com as Escrituras, então é crucial reavaliar. A Bíblia, portanto, serve como o farol que ilumina o nosso caminho e nos protege de falsas direções. Em outras palavras, Deus não vai pedir que você faça algo que contradiga Seus mandamentos ou os princípios estabelecidos em Sua Palavra.

Por exemplo, um pensamento que o leve a agir com desonestidade ou a prejudicar alguém, por mais que pareça promissor, é, com efeito, contrário ao caráter de Deus, que é puro e justo. Da mesma forma, se uma “revelação” contradiz um mandamento claro da Bíblia Sagrada com Explicação de cada Versículo, é seguro dizer que ela não vem Dele.

O estudo constante da Bíblia, portanto, fortalece a sua capacidade de reconhecer a voz de Deus, tornando-o menos suscetível aos enganos da sua própria mente ou de outras influências.

Afinal de contas, a verdade de Deus é eterna, e assim, tudo o que vem Dele será consistente com essa verdade. Por isso, a leitura e meditação diária nas Escrituras são um passo indispensável para quem busca discernimento genuíno.

2. A Paz que Excede Todo Entendimento

A paz que vem de Deus é uma característica inconfundível. Diferente da tranquilidade momentânea de uma boa ideia, a paz de Deus é profunda e duradoura, e por isso, ela permanece mesmo em meio a circunstâncias turbulentas. Nossos próprios pensamentos, por outro lado, muitas vezes estão repletos de ansiedade, incerteza e medo.

Uma decisão que parece racionalmente correta, mas que gera uma inquietação constante no seu espírito, pode ser um sinal de alerta. Por outro lado, a direção que vem de Deus, mesmo que pareça assustadora ou ilógica aos olhos do mundo, é acompanhada por uma certeza interior e uma serenidade que acalma a alma. Portanto, aprenda a ouvir não apenas a sua mente, mas também o que o seu espírito sente.

O apóstolo Paulo, por exemplo, fala sobre a paz de Deus que guarda nossos corações e mentes. Isso significa que, mesmo quando a razão grita, o coração pode estar em um estado de repouso, confiando na soberania divina. Desse modo, ao buscar a vontade de Deus, pergunte-se: este sentimento está me trazendo paz ou agitação? A resposta, em muitas ocasiões, será o seu primeiro indicativo.

3. Produz o Fruto do Espírito

Como ler um versículo da Bíblia e explicar? A Bíblia nos ensina, em Gálatas 5, sobre o “fruto do Espírito”: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Uma ideia que vem de Deus, por conseguinte, sempre produzirá este tipo de fruto em sua vida ou na vida de outras pessoas. Em contraste, os pensamentos da nossa própria mente, especialmente quando movidos pelo ego, podem gerar impaciência, orgulho, raiva ou uma busca por benefício próprio.

Por exemplo, se você sente que deve perdoar alguém, essa direção certamente produzirá o fruto do amor e da paz. No entanto, se o seu pensamento o leva a buscar vingança ou a guardar ressentimento, é claro que tal sentimento não se alinha com a natureza de Deus.

O fruto é o teste de fogo para a origem de uma inspiração. Da mesma forma, um chamado que parece grandioso, mas que o leva a negligenciar sua família ou a se tornar arrogante, é, sem dúvida, um sinal de que não vem de Deus. Portanto, examine os resultados de seus pensamentos e ações. As sementes plantadas pela Palavra de Deus sempre germinarão em virtudes divinas.

4. O Caráter e a Humildade

A voz de Deus, em sua essência, sempre nos conduz à humildade. Nossos próprios pensamentos, em contrapartida, são frequentemente contaminados pelo nosso ego e pela nossa vaidade. Quando Deus nos fala, Ele nos convida a um lugar de dependência e serviço, e não a um lugar de autossuficiência e glória pessoal. Por exemplo, um pensamento que o leva a acreditar que você é superior aos outros, ou que tem um papel mais importante no reino de Deus, deve ser questionado.

A verdadeira direção divina nos lembra da nossa pequenez e da grandeza Dele, nos motivando a servir em vez de sermos servidos. Assim, se o que você sente o está levando a uma posição de destaque por motivos de vaidade, é provável que não venha de Deus. A humildade é uma marca registrada do caráter cristão, e por isso, qualquer inspiração que alimente o orgulho deve ser rejeitada. Em suma, avalie a natureza do seu pensamento: ele o leva a se exaltar ou a se humilhar diante de Deus e dos homens?

5. Persistência e Consistência

A voz de Deus é consistente e persistente. As ideias da nossa própria cabeça, no entanto, são muitas vezes influenciadas por nossas emoções e podem mudar de um dia para o outro. Por exemplo, você pode ter uma ideia brilhante para um projeto em um dia e, no dia seguinte, quando as emoções se acalmam, a ideia perde seu brilho e sua relevância. Em contraste, uma convicção que vem de Deus permanecerá com você, mesmo depois de superar o entusiasmo inicial.

Essa convicção se fortalece com o tempo, e não enfraquece. Muitas vezes, ela volta à sua mente repetidamente, de forma suave e persistente, como um lembrete amoroso de Deus. Contudo, é importante diferenciar essa persistência da “insistência” de um pensamento obsessivo, que muitas vezes gera ansiedade. A persistência divina traz paz, enquanto a insistência humana traz inquietação. Portanto, se você está lutando para discernir, dê tempo. A verdade de Deus, em virtude de sua natureza, resistirá ao teste do tempo.

6. O Conselho de Outros Cristãos

A Bíblia nos ensina que há sabedoria na multidão de conselheiros. Se você tem um sentimento ou uma direção forte, é sábio compartilhá-la com pessoas de sua confiança que sejam maduras na fé. A visão de um amigo, de um líder espiritual ou de um mentor pode oferecer uma perspectiva que você não consegue ver. Além disso, quando Deus está falando, Ele pode confirmar Sua mensagem através de outras pessoas.

Se um sentimento é seu, pode ser que ninguém mais consiga se identificar com ele. Se, por outro lado, ele é de Deus, as chances são de que pessoas sábias e cheias do Espírito Santo o confirmarão, talvez com um versículo ou um pensamento que se encaixa perfeitamente.

Por outro lado, se todos os seus conselheiros espirituais se sentem desconfortáveis ou o advertem contra a sua ideia, é um forte sinal de que você deve reconsiderar. Dessa forma, não despreze o poder da comunidade e da sabedoria coletiva na busca por discernimento.

7. O Silêncio da Alma

A nossa sociedade moderna, com o seu constante ruído e suas distrações, torna difícil ouvir a voz suave de Deus. Os nossos próprios pensamentos, assim, são muitas vezes como um rio turbulento, cheio de pressa e de preocupações. Para ouvir a Deus, em muitas ocasiões, é necessário silenciar o mundo e a si mesmo.

Através da oração e da meditação, podemos acalmar a nossa alma e criar um espaço para que a voz de Deus, que muitas vezes é um “sussurro”, possa ser ouvida. Se você tem dificuldade em distinguir a voz de Deus, pode ser porque o volume da sua própria mente está muito alto. Então, tire um tempo para se afastar das distrações, para se sentar em silêncio e simplesmente buscar a Deus.

Com efeito, a quietude é uma ferramenta poderosa para o discernimento. Nela, a diferença entre o barulho dos seus pensamentos e a tranquilidade da presença de Deus se torna mais evidente. Por isso, crie o hábito de buscar a Deus em silêncio.

8. O Testemunho do Espírito Santo

Para quem tem uma relação com Deus, o Espírito Santo vive em nós. Ele é o nosso Consolador e o nosso Guia. Quando Deus fala, o Espírito Santo, por conseguinte, dá testemunho em nosso espírito. É uma confirmação interna, uma certeza que ressoa no mais profundo do nosso ser. Nossos próprios pensamentos, por sua vez, muitas vezes não têm esse “testemunho”. Eles podem ser convincentes, mas lhes falta a autoridade e a profundidade da confirmação do Espírito.

Por exemplo, você pode ter uma forte inclinação para fazer algo, mas se o Espírito Santo não está confirmando esse caminho, você pode sentir uma falta de paz, ou uma desconexão.

Da mesma forma, quando Deus está agindo em sua vida, a sua alma, o seu espírito e a sua mente podem se alinhar, e o Espírito Santo testifica que você está no caminho certo. Este testemunho interno é um dos pilares do discernimento, e ele é cultivado através da oração e de uma vida de intimidade com Deus.

9. Foco no Reino vs. Foco Pessoal

O que a Bíblia fala sobre louvor e adoração?  A vontade de Deus, em sua maior parte, está focada no avanço do Seu Reino e no bem-estar de outras pessoas. Nossos pensamentos, por outro lado, tendem a ser egocêntricos e motivados por nossos próprios desejos, conforto e segurança. Por exemplo, um pensamento que o leva a ajudar um vizinho em necessidade, mesmo que seja inconveniente para você, provavelmente vem de Deus.

Já um pensamento que o leva a buscar uma promoção apenas para ter mais status ou poder, por conseguinte, pode ser um reflexo da sua própria ambição. A direção de Deus nos move para fora de nós mesmos, para um lugar de amor sacrificial e serviço.

Os nossos próprios pensamentos, contudo, nos mantêm centrados em nós mesmos. Assim, quando você estiver em dúvida, pergunte-se: esta ideia é para o meu benefício ou para a glória de Deus e o bem do meu próximo? A resposta pode ser um forte indicador da sua origem.

10. A Paciência e o Tempo de Deus

Deus, muitas vezes, age em um tempo diferente do nosso. Nossos próprios pensamentos são impacientes e querem resultados imediatos. Por exemplo, uma ideia que vem de nossa mente pode nos levar a agir precipitadamente, sem esperar a confirmação.

A vontade de Deus, por outro lado, é um processo, e muitas vezes requer paciência. Da mesma forma, a convicção de Deus pode vir e não se realizar de imediato, mas com o tempo e com as circunstâncias certas.

Se você está sentindo uma urgência forte para fazer algo, é bom pausar e examinar se essa urgência vem de um lugar de ansiedade ou de um lugar de fé. A paciência é um dos frutos do Espírito e, por conseguinte, é um sinal de que a sua vontade está alinhada com a vontade de Deus. Portanto, aprenda a esperar em Deus e a confiar que Ele tem o controle do tempo. Se o que você sente é de Deus, Ele abrirá a porta no momento certo.

11. A Natureza do Convencimento

O Espírito Santo nos convence do pecado para nos levar ao arrependimento e à liberdade. Em contrapartida, nossos pensamentos e as acusações do inimigo nos levam à condenação e à vergonha. A convicção que vem de Deus, portanto, é sempre construtiva.

Ela aponta para o pecado, mas, com efeito, nos oferece o caminho para a redenção. Ela nos lembra da nossa falha, mas, ao mesmo tempo, nos mostra o perdão disponível em Cristo. Já a condenação, que muitas vezes surge da nossa própria mente ou de forças externas, nos deixa sem esperança, com um sentimento de que somos irremediavelmente ruins.

Por exemplo, se você cometeu um erro e sente que não há mais perdão para você, esse sentimento provavelmente não é de Deus. Se, por outro lado, você sente a necessidade de se arrepender, mas sente que a graça de Deus é suficiente, é um forte sinal da voz do Espírito Santo. O amor de Deus, afinal de contas, é a base da Sua correção.

12. A Sinceridade do Coração

O que nos motiva, por fim, a ouvir a Deus? É a sinceridade e a pureza de coração. Se a nossa motivação para ouvir a Deus é puramente egoísta – para ter sucesso, para ser famoso ou para ter uma vida fácil então, a nossa mente estará cheia de pensamentos que se alinham com esses desejos, e não com a vontade de Deus. Por conseguinte, um coração que busca sinceramente a Deus, que deseja a Sua vontade acima de tudo, está mais apto a reconhecer a Sua voz. Um coração puro, portanto, é um pré-requisito para o discernimento.

É a partir de uma busca genuína por Deus, e não por Seus benefícios, que a nossa capacidade de ouvir se aprimora. O desejo de agradar a Deus acima de tudo, assim, é o ponto de partida de uma vida de discernimento.

Ao refletir sobre estas doze formas, percebemos que o discernimento não é uma tarefa fácil, mas um processo contínuo de aproximação de Deus. Este texto não é um guia, mas uma ferramenta de reflexão para que você possa, com o auxílio do Espírito Santo, discernir com mais clareza. Que esta jornada o leve a uma intimidade cada vez maior com Ele.

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