Esboço de Pregação: Moisés - A Sarça Ardente

Esboço de Pregação: Moisés – A Sarça Ardente

Esboço de Pregação: Moisés – A Sarça Ardente, 4 Desculpas e as Respostas de Deus

Introdução: Quando a Zona de Conforto Pega Fogo

Por quarenta anos, Moisés viveu no anonimato do deserto. O príncipe do Egito havia se tornado um pastor de ovelhas, um fugitivo que trocou o palácio pela pastagem. Sua ambição estava morta; sua rotina era previsível. E é exatamente aí, no meio do ordinário, que Deus irrompe de forma extraordinária através de uma sarça que ardia em fogo, mas não se consumia. Este encontro divino não foi apenas um espetáculo; foi um chamado.

Uma comissão para libertar um povo. No entanto, a resposta de Moisés não foi de prontidão, mas de profunda hesitação. Portanto, hoje vamos nos aproximar dessa cena sagrada para ouvir o diálogo entre Deus e Moisés, identificando quatro desculpas que ele deu — desculpas que nós também damos — e as respostas poderosas e suficientes que Deus oferece a cada uma delas.

“Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” – Êxodo 3:11

1. Desculpa #1: A Insuficiência Pessoal (“Quem sou eu?”)

Antes de tudo, a primeira reação de Moisés ao chamado é olhar para dentro de si mesmo e ver apenas inadequação. “Quem sou eu?”. Quarenta anos antes, ele era alguém, um príncipe do Egito. Agora, ele se via como um ninguém, um pastor idoso e esquecido. Esta é, talvez, a desculpa mais comum que damos a Deus. Focamos em nossa falta de status, de talento, de importância.

No entanto, a resposta de Deus é brilhante, pois Ele não debate a identidade de Moisés. Pelo contrário, Ele muda o foco: “Certamente eu serei contigo” (v. 12). A resposta de Deus para a nossa insuficiência não é uma palestra motivacional sobre nosso potencial, mas uma promessa de Sua presença. Consequentemente, a equação do chamado de Deus não é “minha capacidade + a tarefa”, mas “minha fraqueza + a presença de Deus”. Não importa quem nós somos; o que importa é quem está conosco.

2. Desculpa #2: A Ignorância Teológica (“Qual é o Teu nome?”)

Em segundo lugar, Moisés projeta sua insegurança no povo: “E se eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele?’ O que lhes direi?” (v. 13). Esta é a desculpa da falta de conhecimento, do medo de não ter as respostas certas, de não ser teologicamente qualificado. Em resposta, Deus não lhe entrega um compêndio de teologia sistemática.

Ele revela a profundidade de Seu próprio ser: “EU SOU O QUE SOU”. Esta é a declaração máxima de auto-existência, soberania e fidelidade. Deus estava dizendo: “Diga-lhes que o Deus auto-existente, o Deus da aliança, o Deus que sempre foi e sempre será, enviou você”. Assim, quando nos sentimos ignorantes ou despreparados, Deus nos lembra que não precisamos ser a fonte de sabedoria; precisamos apenas conhecer a Fonte da Sabedoria.

3. Desculpa #3: A Falta de Credibilidade (“E se eles não acreditarem em mim?”)

A terceira desculpa de Moisés é o medo da rejeição e da falta de autoridade. “E se eles não me crerem, nem ouvirem a minha voz?” (Êxodo 4:1). Ele temia que sua mensagem fosse descartada e que ele não tivesse credibilidade. A resposta de Deus, mais uma vez, é prática e poderosa. Ele não faz um discurso sobre técnicas de persuasão. Pelo contrário, Ele demonstra Seu poder. Ele transforma o cajado de Moisés em serpente, torna sua mão leprosa e depois a cura. Deus estava mostrando que a autoridade do mensageiro não reside em seu carisma ou reputação, mas no poder sobrenatural de Deus que o acompanha. Portanto, nossa confiança não deve estar em nossa capacidade de convencer os outros, mas no poder de Deus para operar sinais e transformar corações através de nossa obediência.

4. Desculpa #4: A Inabilidade Pessoal (“Eu não sou eloquente”)

Finalmente, depois de todas as suas objeções serem respondidas, Moisés recorre à sua limitação mais pessoal: “Ah, Senhor! Eu nunca fui eloquente… sou pesado de boca e pesado de língua” (Êxodo 4:10). Esta é a desculpa da falta de habilidade, o argumento final de que não temos o talento necessário.

A resposta de Deus é um lembrete gentil, mas firme, de Sua soberania: “Quem deu boca ao homem?… Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar”. Deus, o Criador de todas as habilidades, não está limitado por nossas inabilidades. Ele não chama os capacitados; Ele capacita os chamados. Ele não precisa de nossa eloquência; Ele precisa de nossa disponibilidade.

Conclusão: Trocando Nossas Desculpas Pela Suficiência de Deus

Em resumo, no diálogo da sarça ardente, vemos um padrão claro. Para cada desculpa de Moisés focada em sua fraqueza — “Eu sou…”, “Eu não sei…”, “Eu não posso…” — Deus responde com uma promessa focada em Sua força: “Eu serei…”, “Eu sou…”, “Eu farei…”. A história de Moisés nos convida a examinar nossas próprias vidas.

Quais desculpas estamos dando a Deus para evitar o chamado que Ele tem para nós? Que possamos, portanto, aprender a lição da sarça ardente: a obra de Deus nunca foi sobre nossa capacidade, mas sobre a disponibilidade de sermos um canal para a Sua presença, Seu poder e Sua provisão. É hora de queimar nossas desculpas no fogo da presença de Deus e avançar na confiança de que o “EU SOU” nos enviou.

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