Lucas 10:36-37 | Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? … “Vá e faça o mesmo.”
Uma Questão de Ação, Não de Identidade
Quando um perito na lei perguntou a Jesus “Quem é o meu próximo?”, ele esperava uma definição teórica que lhe permitisse limitar suas responsabilidades. Jesus, contudo, responde com uma parábola que vira a pergunta de cabeça para baixo.
Com efeito, Jesus redefine o conceito de “próximo”, tirando o foco de uma questão de identidade (“quem eu devo amar?”) para uma questão de ação (“a quem eu posso amar?”). Portanto, esta história nos desafia a examinar a prática do nosso amor.
1. A Indiferença Religiosa
Primeiramente, a parábola nos apresenta um sacerdote e um levita. Ambos eram homens religiosos, líderes espirituais de Israel, que conheciam a Lei de Deus. De fato, ambos viram o homem ferido à beira do caminho, mas, no entanto, escolheram ignorar a necessidade e passar de largo.
A religiosidade deles, por conseguinte, se mostrou vazia, pois não produziu compaixão. Sendo assim, a história nos adverte que o conhecimento da Palavra sem a prática do amor é inútil.
2. A Compaixão Inesperada
Em segundo lugar, surge o herói improvável da história: um samaritano. É crucial lembrar que judeus e samaritanos se odiavam. Aquele homem era o último de quem se esperaria ajuda. Contudo, foi ele quem, ao ver o necessitado, “foi movido por íntima compaixão”.
Em contrapartida aos religiosos, ele não viu no homem ferido um problema a ser evitado, mas um ser humano a ser amado. De fato, a verdadeira compaixão transcende todas as barreiras de raça, cultura e religião.
3. O Amor em Ação
Finalmente, a compaixão do samaritano não foi apenas um sentimento; ela se transformou em ação prática e sacrificial. Ele não apenas sentiu pena; ele agiu. Ele limpou e cuidou das feridas. Ele usou seu próprio animal para transportar o homem.
Ele pagou pela hospedagem de seu próprio bolso e, além disso, prometeu voltar para cobrir qualquer despesa extra. Em suma, o amor verdadeiro é custoso, inconveniente e sempre se manifesta em verbos.
Conclusão: Seja um Próximo
Portanto, ao final, Jesus inverte a pergunta: “Qual… foi o próximo?”. A lição é clara. Seu próximo não é definido por quem mora perto de você ou por quem se parece com você. Seu próximo é qualquer pessoa em necessidade que cruze o seu caminho.
A ordem final de Jesus para nós é a mesma que Ele deu ao perito na lei: “Vá e faça o mesmo”. Afinal, o amor não é um conceito para ser discutido, mas um verbo para ser vivido.