Esboço de Pregação: O Preço e a Recompensa da Obediência Missionária
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” – Marcos 16:15
Irmãos e irmãs, quando olhamos para a ordem de Jesus em Marcos 16:15, somos confrontados com uma verdade inegável: fomos chamados para uma missão. Contudo, essa convocação, embora gloriosa, não é isenta de custos.
Muitos imaginam a obra missionária apenas com os seus frutos visíveis, mas por trás de cada testemunho de conversão, há uma jornada de renúncia e entrega. Hoje, vamos explorar com honestidade o preço da obediência missionária, mas, acima de tudo, vamos nos alegrar com a promessa da incomparável recompensa que a acompanha.
Desenvolvimento
1. O Preço da Renúncia Pessoal e do Conforto
A obediência missionária frequentemente começa com um “adeus”. Primeiramente, é preciso deixar para trás a zona de conforto, a família, os amigos e a cultura que nos é familiar. Abraão foi chamado a sair da sua terra e da sua parentela para uma terra que Deus lhe mostraria (Gênesis 12:1). Da mesma forma, o missionário moderno é chamado a renunciar a seguranças terrenas. Isso implica em abrir mão de uma carreira promissora, da estabilidade financeira e do conforto de estar em seu próprio lar. Além disso, envolve a adaptação a novas línguas, costumes e, por vezes, a condições de vida precárias. Este é o primeiro e mais tangível preço a ser pago.
2. O Preço da Oposição e da Perseguição
Jesus foi claro ao nos advertir: “No mundo tereis aflições” (João 16:33). O campo missionário, consequentemente, não é um lugar de aceitação universal. Pelo contrário, em muitas partes do mundo, pregar o Evangelho significa enfrentar oposição direta, ridicularização e até perseguição física. O apóstolo Paulo, por exemplo, detalha em suas cartas os sofrimentos que enfrentou por amor a Cristo: prisões, açoites, naufrágios e perigos de toda sorte (2 Coríntios 11:23-27). Portanto, o missionário deve estar ciente de que a mensagem da cruz é “loucura para os que perecem” (1 Coríntios 1:18) e que o mundo pode reagir com hostilidade.
3. A Recompensa da Presença Constante de Deus
Apesar dos sacrifícios, a primeira e mais doce recompensa é a promessa que acompanha a Grande Comissão: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28:20b). A certeza da presença de Deus é o que sustenta o missionário nos momentos de solidão e dificuldade. Adicionalmente, essa comunhão íntima com o Criador, forjada no fogo das provações, produz uma profundidade espiritual que poucos experimentam. É a alegria de saber que não se está só, mas que o Senhor da seara caminha lado a lado com seu servo.
4. A Recompensa de Participar da Colheita Eterna
Existe alegria maior do que ver uma vida transformada pelo poder do Evangelho? Sem dúvida, esta é uma das recompensas mais gloriosas. O missionário tem o privilégio de ser um instrumento nas mãos de Deus para resgatar pessoas das trevas para a Sua maravilhosa luz. Cada alma alcançada é um tesouro eterno, uma joia na coroa de Cristo. Como resultado, o fruto do trabalho missionário não é temporal, mas eterno.
Conclusão
Em suma, a obediência ao chamado missionário tem, sim, um preço elevado. Exige renúncia, coragem e perseverança. Contudo, ao colocarmos na balança o custo e a recompensa, percebemos que não há comparação. O privilégio de ser um embaixador de Cristo, a alegria de ver vidas salvas e a promessa da presença e do galardão de Deus fazem com que cada sacrifício valha a pena. O preço é temporal, mas a recompensa é eterna.
Apelo
Nesta noite, eu convido você a refletir: Deus tem chamado você para se envolver mais profundamente com a obra missionária, seja indo, orando ou contribuindo? Não tema o preço. Fixe os seus olhos na gloriosa recompensa e na alegria de obedecer ao seu Senhor. Que passo de fé você dará hoje?