Esboço de Pregação: Testemunhas Onde Ninguém Quer Ir

Esboço de Pregação: Testemunhas Onde Ninguém Quer Ir

Esboço de Pregação: Testemunhas Onde Ninguém Quer Ir

Objetivo

Desafiar a complacência e o comodismo da igreja, despertando-a para a necessidade estratégica e o custo sacrificial de levar o Evangelho aos lugares mais difíceis, negligenciados e perigosos do mundo, seguindo o exemplo pioneiro do apóstolo Paulo.

Texto Base

“E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo já fora pregado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão, e os que não ouviram, o entenderão.” – Romanos 15:20-21

Introdução

Existe uma tendência natural em todos nós de buscar o caminho de menor resistência. Procuramos conforto, segurança e familiaridade. E, muitas vezes, sem perceber, aplicamos essa mesma lógica à obra missionária. É mais fácil ir para onde já existem igrejas, onde a cultura é agradável e onde há alguma infraestrutura.

Mas a história da expansão do cristianismo não foi escrita por homens e mulheres que buscavam o conforto, mas por aqueles que, movidos por uma ambição santa, se aventuraram no desconhecido. O apóstolo Paulo personifica esse espírito.

Sua paixão não era pastorear uma igreja estabelecida, mas fincar a bandeira do Evangelho onde ela nunca havia sido vista. Ele tinha uma santa obsessão pelos “lugares silenciosos”, onde o nome de Cristo ainda não ecoara. Hoje, Deus nos chama a examinar o nosso coração e a nossa estratégia missionária. Estamos realmente indo “por todo o mundo”, ou apenas para as partes mais convenientes dele? Vamos explorar o chamado radical para sermos testemunhas onde ninguém quer ir.

Desenvolvimento

1. A Ambição Santa de um Missionário Pioneiro

A palavra que Paulo usa, “me esforcei”, também pode ser traduzida como “fiz disso minha ambição”. A grande ambição de vida de Paulo não era construir um grande ministério pessoal ou ganhar fama, mas levar o Evangelho a territórios virgens.

Ele via o mapa do mundo e se sentia atraído não pelos pontos de luz onde o Evangelho já brilhava, mas pelos vastos bolsões de trevas. Essa mentalidade é o cerne da “missão de fronteira”. É a compreensão de que, enquanto houver povos que não têm acesso algum à mensagem, a nossa tarefa principal ainda está incompleta.

Edificar sobre o fundamento de outro é um bom trabalho de discipulado, mas lançar o fundamento onde não há nenhum é a essência do cumprimento da Grande Comissão em sua forma mais pura e urgente.

2. Identificando os “Lugares Difíceis” do Século 21

Onde estão os lugares onde “ninguém quer ir” hoje? Eles são diversos e desafiadores.

a) Lugares Geograficamente Hostis: São as selvas remotas, os desertos escaldantes, as montanhas geladas e as ilhas isoladas onde pequenas tribos vivem esquecidas pelo resto do mundo, sem acesso à modernidade e, muito menos, ao Evangelho.

b) Lugares Politicamente Hostis: A famosa “Janela 10/40”, uma faixa do globo terrestre onde vive a maioria dos povos não alcançados e onde o cristianismo é frequentemente restrito ou ativamente perseguido. Ir para esses lugares significa operar sob risco constante, muitas vezes usando a profissão como plataforma (“fazedor de tendas”).

c) Lugares Culturalmente Hostis: São os corações das grandes religiões mundiais, como o Islã, o Hinduísmo e o Budismo, onde as estruturas sociais e familiares tornam a conversão a Cristo um ato de traição punível com o ostracismo ou a morte.

d) Lugares Socialmente Hostis: São os “desertos” dentro de nossas próprias cidades. As favelas dominadas pelo tráfico, os campos de refugiados, as zonas de prostituição e os ambientes onde a pobreza extrema e a desesperança reinam. Muitas vezes, estes são os lugares que mais evitamos.

3. O Custo Inerente a Este Chamado

Ser testemunha onde ninguém quer ir tem um custo imenso. Não podemos romantizar essa vocação. Exige um nível de rendição e resiliência que só o Espírito Santo pode produzir. O custo inclui a solidão profunda, o choque cultural agudo, o risco constante de doenças e violência, a frustração de anos de trabalho com pouco ou nenhum fruto visível, e a dor de ver o sofrimento humano em sua forma mais crua.

Significa abrir mão de direitos, de conforto e, em última instância, estar disposto a entregar a própria vida, como tantos fizeram antes de nós. É um chamado para morrer para si mesmo diariamente, para que Cristo possa ser formado em outros. Não é para todos, mas é para alguns, e a igreja toda tem a responsabilidade de identificar, preparar e sustentar ferozmente aqueles que aceitam esta designação perigosa.

Conclusão

A estratégia do Reino de Deus é contra-intuitiva. Enquanto o mundo corre para os centros de poder e prazer, o Espírito de Deus nos impulsiona para as margens, para os lugares esquecidos, para os corações endurecidos. Por quê? Porque a glória de Deus brilha mais intensamente na escuridão mais profunda.

Porque o valor de uma única alma, para a qual Cristo morreu, justifica todo e qualquer risco. A bússola de Paulo não apontava para o conforto, mas para a obediência. Que o Senhor ajuste a nossa bússola hoje. Que a necessidade dos não alcançados nos incomode mais do que o nosso desejo por segurança.

Apelo

Primeiro, um apelo à intercessão. Vamos nos comprometer a orar pelos lugares difíceis e pelos bravos homens e mulheres que servem lá. Segundo, um apelo à consideração. Será que Deus está sussurrando em seu coração, chamando você para fora da sua zona de conforto? Talvez não para uma nação distante, mas para um “lugar difícil” em sua própria cidade. Onde está o lugar que todos evitam, mas para onde o amor de Cristo está lhe compelindo a ir? Que possamos responder, como Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

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