Esboço de Pregação: Tirai a pedra que Jesus quer operar

Esboço de Pregação: Tirai a pedra que Jesus quer operar

Esboço de Pregação: Tirai a Pedra, Removendo os Obstáculos Humanos para que Jesus Opere o Milagre da Ressurreição

“Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:39-40)

A Colaboração entre o Homem e Deus no Milagre

Primeiramente, o cenário em Betânia é de luto profundo e desesperança. Lázaro, o amigo de Jesus, estava morto. Não apenas morto, mas sepultado há quatro dias. A decomposição já havia começado. Quando Jesus chega, Ele não encontra apenas um túmulo fechado; Ele encontra corações fechados pela dor, pela lógica e pela decepção. Entretanto, antes de liberar a palavra de vida que ressuscitaria o morto, Jesus dá uma ordem prática aos vivos: “Tirai a pedra”.

Certamente, Jesus tinha poder para desintegrar a pedra com um olhar. Ele poderia ter teletransportado Lázaro para fora. Todavia, Ele escolheu não fazer o que os homens poderiam fazer. Deus opera no impossível, mas exige que operemos no possível. A pedra representava a barreira final entre a morte e a vida, entre o problema e a solução. Enquanto a pedra estivesse lá, o milagre estaria bloqueado pela incredulidade humana.

Nesse sentido, este esboço propõe uma reflexão profunda sobre as “pedras” que mantemos em nossas vidas. Muitas vezes, oramos por milagres, mas nos recusamos a remover os entulhos que impedem a glória de Deus de se manifestar. Vamos explorar quais são essas pedras — incredulidade, mágoa, pecado, tradição — e como a obediência simples de removê-las pode desencadear o maior dos milagres de Jesus em nossa história.

Ressurreição de Lázaro
Ressurreição de Lázaro

I. A Pedra da Lógica Humana e do Impossível

Imediatamente após a ordem de Jesus, Marta objeta. Sua resposta é baseada na lógica, na biologia e na experiência humana: “Senhor, já cheira mal”. A pedra da lógica diz que é tarde demais, que a situação é irreversível e que mexer nela só trará mais dor e mau cheiro.

“Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal…” (João 11:39)

Desta forma, enfrentamos a barreira da razão:

  • O Confronto com a Realidade: A fé não nega a realidade (o mau cheiro), mas a submete a uma realidade superior (a Glória de Deus). Marta estava olhando para o processo de decomposição; Jesus estava olhando para o propósito da ressurreição.
  • O Tempo de Deus: Para a lógica humana, quatro dias é o fim. Para Jesus, é apenas o cenário perfeito para um milagre maior do que a cura. Se você acha que seu tempo acabou, leia sobre o que pregar sobre fé quando tudo parece perdido.
  • A Obediência Racional: Tirar a pedra não fazia sentido racional. Mas a fé é agir confiando na palavra de Deus, mesmo quando ela contradiz nossos sentidos.

Assim, para ver a glória, precisamos parar de calcular as probabilidades e começar a obedecer à ordem de Jesus.

II. A Pedra da Mágoa e da Decepção

Antes de chegarem ao túmulo, tanto Marta quanto Maria disseram a Jesus: “Se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Havia uma pedra invisível de decepção. Elas sentiam que Jesus havia chegado atrasado. A mágoa por orações não respondidas no nosso tempo pode se tornar uma pedra pesada que fecha nosso coração.

“Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” (João 11:32)

Como remover essa pedra emocional:

  • A Cura da Confiança Ferida: Muitas vezes, enterramos nossos sonhos e colocamos uma pedra de “nunca mais” sobre eles porque Deus não agiu como esperávamos. Remover essa pedra significa voltar a confiar. Veja por que Deus permite o sofrimento para entender os propósitos maiores.
  • Jesus Chora Conosco: Antes de ressuscitar Lázaro, Jesus chorou. Ele não é indiferente à nossa dor. Ele sente o nosso luto. Isso nos dá força para remover a pedra da amargura.
  • Ressignificando o Atraso: O atraso de Jesus não foi negligência, foi amor estratégico. Ele esperou para que a glória fosse maior. A sua espera não é uma negação.

Consequentemente, tirar a pedra da mágoa é perdoar a Deus (em nossa perspectiva limitada) por não ter agido quando queríamos.

III. A Pedra do Medo e da Insegurança

Abrir um túmulo é algo assustador. Significa encarar a morte de frente. Significa lidar com o que está podre. Muitos de nós preferimos deixar a pedra lá porque temos medo do que vamos encontrar se abrirmos certas áreas de nossas vidas diante de Jesus.

“Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:40)

Enfrentando o que está oculto:

  • Expondo as Feridas: Jesus quer curar o que está morto em nós, mas precisamos expor a área afetada. Tirar a pedra é um ato de vulnerabilidade. É dizer: “Senhor, aqui está a minha podridão, cura-me”.
  • O Medo do Julgamento: Marta temia a vergonha pública do mau cheiro. Mas a graça de Jesus cobre nossa vergonha. Não deixe que a insegurança o impeça. Encontre coragem em versículos sobre medo e insegurança.
  • A Promessa da Visão: A condição para ver a glória não é a perfeição, é a fé. “Se creres”. O medo cega; a fé revela.

Logo, a remoção da pedra é o ato corajoso de quem decide que a esperança de vida é maior do que o medo da morte.

IV. A Parceria Divina: O Homem Remove, Deus Ressuscita

Este milagre é um exemplo clássico de sinergia. Jesus não tocou na pedra. Os homens não tocaram no morto (até que ele saísse). Há uma divisão clara de responsabilidades.

“Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia.” (João 11:41)

Entendendo o nosso papel:

  • O Possível e o Impossível: O homem faz o possível (tirar a pedra, desatar as ataduras). Deus faz o impossível (dar vida). Se não fizermos a nossa parte, Deus não fará a dEle, não porque não possa, mas porque Ele estabeleceu leis espirituais de cooperação.
  • A Voz de Autoridade: Somente após a remoção da pedra, Jesus gritou: “Lázaro, sai para fora”. A Palavra de Deus precisa de um caminho desimpedido para entrar.
  • Desatando para Viver: Após a ressurreição, Jesus ordenou: “Desatai-o, e deixai-o ir”. A igreja tem o papel de remover pedras e desatar nós. Precisamos uns dos outros. Saiba mais sobre o poder da comunidade em esboço de pregação a vitória sobre a morte.

Dessa maneira, somos cooperadores de Deus. Ele é a Vida, mas nós somos os porteiros que abrem a tumba.

V. O Resultado: A Glória de Deus e a Vida Eterna

Por fim, a pedra foi tirada, Lázaro reviveu e muitos judeus creram em Jesus. O objetivo final não foi apenas devolver um irmão às irmãs, mas revelar Cristo como a Ressurreição e a Vida.

“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11:25)

O impacto eterno:

  • Cristo, o Centro: O milagre apontava para a própria morte e ressurreição de Jesus que viria em breve. Ele tem as chaves da morte e do inferno. Conheça mais na biografia de Jesus Cristo.
  • Esperança para o Futuro: A ressurreição de Lázaro é uma amostra grátis da nossa ressurreição final. A morte não tem a última palavra. Temos uma promessa de vida eterna.
  • Testemunho Vivo: Lázaro tornou-se uma prova viva do poder de Jesus, tanto que os religiosos queriam matá-lo depois. Uma vida ressuscitada incomoda as trevas.

Em suma, quando tiramos a pedra, não apenas recebemos o milagre, mas nos tornamos um sinal profético para o mundo.

Conclusão: Qual é a Sua Pedra?

Para concluir, Jesus está diante do túmulo dos seus sonhos, da sua família, do seu ministério ou da sua saúde espiritual hoje. Ele tem poder para trazer vida. Ele está pronto para clamar o seu nome. Mas há um obstáculo. Ele está olhando para você e dizendo: “Tirai a pedra”.

Não dê desculpas. Nem diga que já faz muito tempo. Não diga que não tem jeito. Não diga que dói muito. Apenas obedeça. Empurre a pedra da incredulidade, da mágoa e do pecado. Faça a sua parte, por menor que pareça.

E quando você remover a pedra, prepare-se. Você verá a glória de Deus se manifestar de uma forma que a lógica humana jamais poderia explicar.

Oração Final

“Senhor Jesus, Tu és a Ressurreição e a Vida. Nós Te adoramos porque não há impossíveis para Ti. Hoje, ouvimos Tua ordem para tirar a pedra. Confessamos que muitas vezes temos mantido nossos problemas trancados pela incredulidade e pelo medo. Perdoa-nos, Senhor. Agora, pela fé, removemos a pedra da dúvida, da mágoa e da desesperança. Clama vida sobre nós! Ressuscita o que está morto em nossa família e em nosso espírito. Queremos ver a Tua glória. Em Teu Santo Nome, Amém.”

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