Estudo Bíblico sobre Perdão

Estudo Bíblico sobre Perdão

Estudo Bíblico sobre Perdão: O Caminho da Libertação

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.Mateus 6:14-15

Neste Estudo Bíblico, mergulhamos, primeiramente, no centro da vida cristã: isto é, a comunicação com Deus. De fato, o perdão não é meramente um ato religioso ou, por conseguinte, um último recurso; pelo contrário, ela é a respiração vital da alma, bem como o principal canal pelo qual o crente, então, cultiva intimidade com o Criador e, assim, acessa Seu poder para a vida diária.

De fato, o perdão não é um sentimento. Pelo contrário, o perdão é uma decisão. Além disso, é a chave que liberta o prisioneiro da amargura. Frequentemente, descobrimos que, na verdade, o prisioneiro éramos nós mesmos. Portanto, a qualidade de nossa vida espiritual está, inegavelmente, ligada à nossa disposição de perdoar.

Pai Celestial, nós Te agradecemos, antes de mais nada, pelo privilégio de podermos nos achegar a Ti. Certamente, reconhecemos que o perdão é um mandamento difícil. Por isso, pedimos que o Teu Espírito Santo nos guie para, assim, compreendermos sua importância. Dá-nos, pois, um coração disposto a perdoar, assim como Tu nos perdoaste em Cristo. Enfim, que este estudo nos inspire a viver em liberdade. Em nome de Jesus, amém.

Libertar da Culpa e Viver o Perdão

Sumário do Estudo:

  1. O Que é o Perdão?
  2. A Base do Perdão: Porque Fomos Perdoados
  3. O Mandamento do Perdão: Perdoando os Outros
  4. A Lição Central: A Parábola do Servo Incompassivo
  5. Perdão: Um Ato ou um Processo?
  6. Obstáculos que nos Impedem de Perdoar
  7. O Resultado: A Libertação da Amargura

I. O que é o Perdão?

Em primeiro lugar, o perdão bíblico não é esquecer. Pois, esquecer é um processo passivo da memória. Pelo contrário, o perdão é um ato ativo da vontade. De fato, a palavra grega principal para “perdoar” (aphiémi) significa “deixar ir”, “cancelar” ou, ainda, “remitir uma dívida”.

Portanto, quando perdoamos, cancelamos a dívida moral que a outra pessoa, eventualmente, tem conosco. Contudo, o perdão não significa que o ato não foi errado. Igualmente, o perdão não significa que a dor não aconteceu. Na verdade, significa que escolhemos não mais segurar esse ato contra a pessoa. Assim, entregamos nosso direito de vingança a Deus.

Para reflexão: Qual é o seu conceito primário sobre perdão? É, talvez, um sentimento ou, pelo contrário, uma decisão de cancelar uma dívida?

II. A Base do Perdão: Porque Fomos Perdoados

Sem dúvida, nossa capacidade de perdoar os outros se origina em um único fato: isto é, nós fomos perdoados por Deus. Por exemplo, Efésios 4:32 diz: “perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.

De fato, nossa dívida com Deus era impagável. Como sabemos, Jesus morreu por nossos pecados. Consequentemente, Ele pagou essa dívida na cruz. Portanto, qualquer dívida que alguém tenha conosco é, certamente, infinitamente menor em comparação. Ou seja, nós não perdoamos porque a pessoa merece. Pelo contrário, nós perdoamos porque Deus nos perdoou. Assim sendo, o perdão é a nossa resposta à graça que recebemos.

III. O Mandamento do Perdão: Perdoando os Outros

Jesus é, de fato, enfático sobre este ponto. Na oração do Pai Nosso, por exemplo, Ele nos ensina a orar: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12). Assim, Ele amarra o perdão que recebemos ao perdão que damos.

Além disso, Ele reforça isso imediatamente após a oração: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós” (Mateus 6:14). Portanto, a falta de perdão bloqueia nossa comunhão com Deus. Isto é, não é uma sugestão; mas sim um mandamento central para a vida cristã.

IV. A Lição Central: A Parábola do Servo Incompassivo (Mateus 18:21-35)

Pedro, então, pergunta a Jesus quantas vezes deve perdoar. Em resposta, Jesus responde com uma parábola. Primeiramente, um servo deve uma quantia impagável ao rei (talvez bilhões, em valores de hoje). Logo, o rei, com compaixão, perdoa a dívida inteira.

No entanto, esse mesmo servo, ao sair, encontra um conservo que lhe devia uma quantia pequena (apenas alguns dias de trabalho). Imediatamente, ele agarra o homem e o lança na prisão. O rei, posteriormente, sabendo disso, fica irado e, assim, entrega o primeiro servo aos torturadores.

Evidentemente, a lição de Jesus é clara: nós somos o primeiro servo. Portanto, recusar-se a perdoar uma pequena dívida depois de ter sido perdoado de uma dívida impagável é, sem dúvida, uma afronta à misericórdia de Deus.

V. Perdão: Um Ato ou um Processo?

O perdão, na verdade, envolve ambos. Por um lado, a decisão de perdoar é um evento. Ou seja, é um ato da vontade, onde você decide obedecer a Deus e, assim, cancelar a dívida. Por outro lado, o processo de perdoar é o que vem depois. De fato, você pode ter que decidir perdoar a mesma pessoa todos os dias por um tempo.

O que fazer quando uma pessoa te machuca muito? Então, você entrega a dor a Deus cada vez que a memória ressurge. Contudo, o perdão não significa que a confiança é restaurada imediatamente. Pois, confiança precisa ser reconstruída e conquistada. Em suma, o perdão é dado. A reconciliação, entretanto, requer o esforço de ambas as partes. Enfim, o perdão depende apenas de você e de Deus.

VI. Obstáculos que nos Impedem de Perdoar

Certamente, existem barreiras que nos impedem de perdoar. A maior é, sem dúvida, o orgulho. Muitas vezes, sentimos que “temos o direito” de estar com raiva. Além disso, outro obstáculo é a confusão. Por exemplo, achamos que perdoar é “desculpar” o pecado do outro ou que é, talvez, um sinal de fraqueza.

Claramente, isso é um erro. Pelo contrário, perdoar é um ato de força espiritual e obediência. De fato, a amargura é um veneno que tomamos esperando que o outro morra. Consequentemente, a falta de perdão nos aprisiona à ofensa e ao ofensor. Sentir raiva é humano, mas permanecer nela é destrutivo.

VII. O Resultado: A Libertação da Amargura

Na verdade, o maior beneficiário do perdão é quem perdoa. Pois, a falta de perdão gera amargura, ressentimento, estresse e pode, inclusive, levar a doenças físicas e espirituais. Além disso, ela nos mantém acorrentados ao passado e, da mesma forma, à pessoa que nos feriu.

Porém, quando perdoamos, quebramos essa corrente. Então, encontramos a paz. Portanto, o perdão é o caminho que Deus nos deu para a cura e, também, a libertação emocional e espiritual. Em outras palavras, é abandonar a esperança de um passado melhor e, assim, abraçar a cura que Deus oferece para o futuro.

Conclusão: O Propósito do Perdão

Em resumo, o perdão está no centro da mensagem do evangelho. De fato, fomos criados para viver em liberdade, não em escravidão. Essa liberdade, contudo, é impossível sem perdoar como fomos perdoados. Certamente, não é fácil. É, na verdade, um ato sobrenatural, capacitado pelo Espírito Santo. Além disso, é o ato mais parecido com Cristo que podemos praticar.

Desafio Prático:
Primeiramente, pense em uma pessoa que você precisa perdoar. Pode ser, por exemplo, uma mágoa pequena ou uma ferida profunda. Em seguida, faça uma oração agora, mencionando o nome dessa pessoa a Deus. Diga a Deus, em voz alta: “Eu escolho perdoar [Nome da Pessoa]”. Finalmente, entregue essa dor, essa dívida e seu desejo de justiça a Ele.

Oração Final:
Senhor, Tu conheces meu coração. De fato, Tu vês a dor que eu guardo. Eu confesso, pois, minha dificuldade em perdoar. Eu tomo a decisão, agora, pela força do Teu Espírito, de perdoar [Nome da Pessoa]. Liberta-me, portanto, da amargura. Cura meu coração. Enfim, ensina-me a amar como Tu amas e a viver na liberdade que Tu compraste para mim. Em nome de Jesus. Amém.

Teste de Aprendizagem

1. Qual é a principal definição bíblica de perdão (baseada na palavra grega “aphiémi”)?

a) Esquecer a dor.

b) Cancelar ou “deixar ir” uma dívida.

c) Sentir emoções positivas pela pessoa.

d) Esperar que a pessoa peça desculpas.

2. O perdão é primariamente um sentimento ou uma decisão?

a) Um sentimento.

b) Uma decisão.

c) Um processo automático da memória.

d) Um ato de fraqueza.

3. Qual é a base principal para o cristão perdoar os outros?

a) Porque a outra pessoa merece.

b) Porque Deus nos perdoou primeiro em Cristo.

c) Porque esquecer é a melhor solução.

d) Porque a pessoa prometeu não errar mais.

4. O que Jesus ensina em Mateus 6:14-15 sobre quem se recusa a perdoar?

a) Que essa pessoa é mais forte.

b) Que Deus também não perdoará essa pessoa.

c) Que a pessoa deve ser paciente.

d) Que a pessoa deve buscar justiça primeiro.

5. Na Parábola do Servo Incompassivo (Mateus 18), por que o rei ficou irado com o primeiro servo?

a) Porque o servo não conseguiu pagar a dívida.

b) Porque o servo perdoado se recusou a perdoar uma dívida muito menor.

c) Porque o servo mentiu sobre o valor da dívida.

d) Porque o servo demorou muito para pedir perdão.

6. Perdoar significa que a confiança é restaurada imediatamente?

a) Sim, perdão e confiança são a mesma coisa.

b) Não, o perdão é dado, mas a confiança precisa ser reconstruída.

c) Sim, se você perdoou de verdade.

d) Não, significa que você nunca mais pode confiar na pessoa.

7. Qual é um dos maiores obstáculos ao perdão mencionados no estudo?

a) Falta de tempo.

b) Orgulho e o sentimento de “ter direito” de estar com raiva.

c) A distância física da pessoa.

d) O conselho de amigos.

8. Quem é o maior beneficiário do perdão?

a) A pessoa que é perdoada.

b) A pessoa que perdoa.

c) A comunidade ao redor.

d) O sacerdote ou pastor.

9. A falta de perdão nos mantém acorrentados a quê?

a) Ao futuro.

b) À igreja.

c) Ao passado e à pessoa que nos feriu.

d) A uma vida de oração.

10. O que o estudo define como “amargura”?

a) Um sinal de força.

b) Um veneno que tomamos esperando que o outro morra.

c) Um fruto do Espírito.

d) O caminho para a justiça.

11. Qual a diferença entre perdão e reconciliação?

a) Não há diferença.

b) O perdão exige duas pessoas, a reconciliação apenas uma.

c) O perdão depende só de você; a reconciliação exige ambas as partes.

d) A reconciliação é mais fácil que o perdão.

12. Qual é o “Desafio Prático” sugerido no estudo?

a) Jejuar por três dias.

b) Confrontar a pessoa que o feriu.

c) Mencionar o nome da pessoa a Deus e declarar a decisão de perdoar.

d) Tentar esquecer o que aconteceu.

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