O que Falar Sobre Dízimos e Ofertas: Como pregar e ensinar sobre contribuição com base em 45 versículos
Falar sobre dízimos e ofertas na igreja pode ser, sem dúvida, um desafio, mas, ao mesmo tempo, é um tema essencial para o crescimento espiritual. De fato, a abordagem correta transforma a conversa de uma obrigação financeira para uma oportunidade de adoração, fé e expressão de gratidão.
Portanto, este artigo explora 45 versículos-chave, oferecendo, assim, uma base sólida para ensinar sobre o assunto. Para um estudo mais aprofundado, você pode, ademais, consultar outros versículos sobre dízimos e ofertas.
Levítico 27:30
“Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor.”
O que falar: O princípio da santidade. O dízimo não é algo que damos a Deus, mas algo que devolvemos porque já pertence a Ele. É um ato de reconhecimento de que Ele é o Provedor de tudo.
Gênesis 14:20
“E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.”
O que falar: A contribuição como adoração. Antes mesmo da Lei, Abraão entrega o dízimo como um ato de gratidão e adoração a Deus pela vitória concedida.
Malaquias 3:8
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.”
O que falar: A seriedade da nossa administração. Reter o que pertence a Deus é visto por Ele como um ato grave. Isso nos chama à reflexão sobre nossa fidelidade e confiança no Provedor.
Malaquias 3:10
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos…”
O que falar: Um convite à fé. Este é o único lugar na Bíblia onde Deus nos convida a “testá-lo”. A entrega do dízimo é um passo de fé que nos desafia a confiar na Sua promessa de bênçãos abundantes.
Provérbios 3:9-10
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente…”
O que falar: O princípio das primícias. Honrar a Deus não é dar a Ele o que sobra, mas o primeiro e o melhor. Isso demonstra que Ele tem prioridade em nossa vida e em nossas finanças.
Deuteronômio 14:28-29
“Ao fim de três anos, tirarás todos os dízimos… Então, virão o levita (…), o estrangeiro, o órfão e a viúva… e comerão, e se fartarão…”
O que falar: O propósito social do dízimo. Além de sustentar os levitas, o dízimo servia para amparar os mais necessitados. Nossa contribuição hoje também deve ter um olhar para a justiça social e o cuidado com os vulneráveis.
Gênesis 28:22
“…de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.”
O que falar: A contribuição como resposta à bênção. Jacó faz um voto de entregar o dízimo como uma resposta à promessa de proteção e provisão de Deus. Nossa fidelidade é uma resposta à fidelidade d’Ele.
Números 18:21
“Eis que tenho dado aos filhos de Levi todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam…”
O que falar: O sustento da obra. O dízimo tinha o propósito prático de sustentar aqueles que se dedicavam integralmente ao serviço do Senhor, permitindo que o ministério continuasse.
2 Crônicas 31:10
“…desde que se começou a trazer à Casa do Senhor estas ofertas, temos comido e nos temos fartado, e ainda sobeja em abundância…”
O que falar: A abundância gerada pela obediência. Quando o povo foi fiel, não apenas houve sustento, mas “sobejou em abundância”. A obediência coletiva, portanto, gera um transbordar de bênçãos.
Êxodo 25:2
“…de todo aquele cujo coração o mover a dar.”
O que falar: A voluntariedade na oferta. Mesmo no Antigo Testamento, a oferta para o tabernáculo era motivada por um coração voluntário, mostrando que a alegria em dar sempre foi valorizada por Deus.
A Perspectiva de Cristo: O Foco no Coração
Quando Jesus aborda a contribuição, Ele, inegavelmente, eleva o padrão da ação externa para a motivação interna. A crítica aos fariseus, por exemplo, não era por dizimarem, mas por fazerem isso de forma mecânica enquanto, por outro lado, negligenciavam a justiça, a misericórdia e a fé. Com a história da viúva pobre, Ele ensina que Deus não mede o valor da oferta, mas o tamanho do sacrifício. Assim, a contribuição deixa de ser uma porcentagem e passa a ser um termômetro do coração, afinal, onde está nosso tesouro, aí está nossa prioridade.
Mateus 23:23
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho e desprezais o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé…”
O que falar: O perigo da religiosidade vazia. Jesus não condena o dízimo, mas a hipocrisia. De nada adianta ser fiel nos centavos se somos negligentes no amor, na justiça e na fé. O interior deve corresponder ao exterior.
Marcos 12:41-43
“…esta pobre viúva lançou mais do que todos os que lançaram na arca do tesouro.”
O que falar: Deus не mede a quantidade, mas o sacrifício. A viúva deu “tudo o que tinha”. O valor da nossa oferta não está no quanto damos, mas no quanto retemos para nós mesmos. Trata-se, pois, de uma entrega total.
Lucas 6:38
“Dê, e lhe será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a você.”
O que falar: O princípio da reciprocidade divina. Jesus ensina que a generosidade ativa um ciclo de bênçãos. Ou seja, quem vive com as mãos abertas para dar, também viverá com as mãos abertas para receber de Deus.
Mateus 6:21
“Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.”
O que falar: O dinheiro como termômetro do coração. Nossos extratos bancários, de fato, revelam nossas prioridades. Investir no Reino de Deus é, portanto, uma forma de alinhar nosso coração com os valores eternos.
Mateus 6:1, 3
“Tenham o cuidado de não praticar suas obras de justiça diante dos outros… Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que faz a direita.”
O que falar: A discrição e a motivação pura. A verdadeira contribuição não busca o aplauso dos homens, mas, em contrapartida, a aprovação de Deus. Deve ser, assim, um ato íntimo de adoração.
Lucas 12:33
“Vendam o que têm e deem esmolas. Façam para vocês bolsas que não se gastem com o tempo, um tesouro nos céus…”
O que falar: O desapego como liberdade. Jesus nos chama a não sermos escravos dos bens materiais. Consequentemente, a generosidade é um caminho para a liberdade e para acumular um tesouro que não se corrói.
Lucas 12:48
“A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.”
O que falar: O princípio da administração (mordomia). Em resumo, tudo o que temos é um empréstimo de Deus. Somos administradores, e Ele nos pedirá contas da forma como gerenciamos os recursos que nos confiou.
A Generosidade na Igreja Primitiva: Uma Resposta à Graça
Os apóstolos, por sua vez, ensinaram a igreja a praticar uma generosidade que era sistemática, proporcional e, acima de tudo, alegre. Desse modo, a contribuição deixou de ser uma regra da lei para se tornar uma resposta grata à salvação pela graça, motivada pelo sacrifício de Cristo. Os recursos, então, eram usados para sustentar os obreiros e para garantir que não houvesse necessitados na comunidade, refletindo, assim, um amor prático e sacrificial. Cada oferta era, portanto, uma semeadura, um investimento no Reino com a promessa de uma colheita abundante.
2 Coríntios 9:7
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”
O que falar: A alegria é o tempero da contribuição. Dar por obrigação, peso ou tristeza não agrada a Deus. A oferta que move o coração do Pai é, inegavelmente, aquela que nasce de um coração grato e alegre.
2 Coríntios 9:6
“Lembrem-se: aquele que semeia pouco também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura também colherá com fartura.”
O que falar: A lei da semeadura. A generosidade não é um gasto, é um investimento. Deus promete, de fato, uma colheita abundante para aqueles que semeiam com liberalidade.
1 Coríntios 16:2
“No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a…”
O que falar: O planejamento e a regularidade. A contribuição não deve ser um ato impulsivo, mas sim um hábito planejado e consistente, feito de forma proporcional à renda que Deus nos dá.
2 Coríntios 8:9
“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.”
O que falar: A graça é a maior motivação. Nossa generosidade é, afinal, apenas uma pequena resposta ao sacrifício supremo de Cristo, que abriu mão de Sua glória por nós. Damos porque Ele deu primeiro.
Atos 4:34-35
“Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam…”
O que falar: O cuidado comunitário radical. A igreja primitiva vivia um nível de unidade onde ninguém passava necessidade. Isso, sem dúvida, nos desafia a olhar para os irmãos ao nosso lado e a sermos a resposta para suas orações.
Atos 2:44-45
“Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.”
O que falar: O poder da unidade. A generosidade não era uma regra imposta, mas, pelo contrário, o resultado natural de corações transformados pelo Evangelho que viviam em unidade e comunhão.
1 Timóteo 5:17
“Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino.”
O que falar: O sustento do ministério. É bíblico e justo que a igreja sustente financeiramente aqueles que se dedicam em tempo integral à Palavra. Trata-se, pois, de uma parceria na obra.
Gálatas 6:6
“Aquele que recebe a instrução na palavra deve compartilhar todas as coisas boas com quem o instrui.”
O que falar: A parceria no Evangelho. O sustento dos mestres não é um pagamento, mas um ato de parceria e gratidão por aqueles que nos alimentam espiritualmente.
Hebreus 13:16
“Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.”
O que falar: Dar é um sacrifício de louvor. Assim como os sacrifícios no Antigo Testamento, nossas ofertas e atos de bondade sobem a Deus como um aroma agradável.
Princípios de Sabedoria: Confiança, Provisão e Bênção
A Bíblia, especialmente em livros como Provérbios, reforça que a generosidade é um caminho de sabedoria e bênção. A lógica do Reino é, de fato, paradoxal: quem retém, empobrece; quem distribui, prospera. Falar sobre ofertas é, portanto, falar sobre confiança. É, em suma, um convite para crer que Deus é nosso Provedor e que Ele honra aqueles que honram a Ele com seus recursos.
Provérbios 11:24-25
“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outro retém o que deveria dar, e cai na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.”
O que falar: O paradoxo da generosidade. A lógica do Reino é contrária à do mundo. Ou seja, quanto mais nos apegamos, mais perdemos. Quanto mais distribuímos, mais prosperamos.
Filipenses 4:19
“E o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”
O que falar: A promessa da provisão. Podemos dar com liberalidade porque nossa fonte não é nosso salário, mas as riquezas de Deus. Ele, certamente, é fiel para suprir tudo o que precisamos.
Deuteronômio 15:10
“Deem generosamente e sem relutância no coração; pois, por isso, o Senhor, o seu Deus, os abençoará em todo o seu trabalho…”
O que falar: Dê sem tristeza no coração. A bênção está ligada não apenas ao ato, mas, igualmente, à atitude. Um coração livre e generoso atrai a bênção de Deus para todo o seu trabalho.
Salmos 112:5
“Feliz é o homem que se compadece e empresta, que conduz os seus negócios com justiça.”
O que falar: A felicidade do generoso. A Bíblia associa a felicidade (bem-aventurança) não ao acúmulo, mas à capacidade de ser compassivo e generoso com os outros.
2 Coríntios 9:11
“Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião…”
O que falar: Somos enriquecidos para enriquecer outros. O propósito da bênção de Deus não é o acúmulo egoísta, mas nos transformar em canais de bênçãos para os outros, gerando, por conseguinte, gratidão a Deus.
1 Timóteo 6:18
“Diga-lhes que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam generosos e prontos a repartir.”
O que falar: Riqueza em boas obras. A verdadeira riqueza não é medida pelo saldo bancário, mas, em vez disso, pela quantidade de bem que fazemos e pela generosidade que praticamos.
Marcos 16:15
“E disse-lhes: ‘Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.'”
O que falar: Nossa contribuição financia a Grande Comissão. O ato de ofertar é, dessa forma, uma forma direta de participar da missão de alcançar o mundo para Cristo, mesmo que não possamos ir fisicamente.
Enfim, esta lista de versículos mostra que a contribuição financeira na Bíblia é um tema profundo, que evolui da lei para a graça. No centro de tudo, certamente, está um coração grato e generoso, que reconhece que tudo pertence a Deus.
A contribuição se torna, assim, uma ferramenta para abençoar a comunidade, sustentar a pregação do poder do evangelho e, acima de tudo, adorar ao Senhor com os recursos que Ele mesmo nos confiou. Para ministrar sobre o tema, uma boa palavra de oferta com explicação pode, sem dúvida, fazer toda a diferença.