O que Paulo diz sobre dízimos e ofertas?

O que Paulo diz sobre dízimos e ofertas?

Descrubra o que o Apostolo Paulo diz sobre dízimos e ofertas?

O que Paulo diz sobre dízimos e ofertas? Esta é, inegavelmente, uma questão que permeia congregações e estudos bíblicos com notável frequência, gerando debates importantes.

Em primeiro lugar, é fundamental abordar este tema com a mente aberta para compreender as Escrituras em seu contexto. Os escritos do apóstolo Paulo, embora não usem o termo “dízimo” como uma ordem para a igreja, discorrem profundamente sobre o princípio da contribuição financeira.

Apostolo Paulo

Consequentemente, uma análise cuidadosa de suas epístolas revela uma teologia da generosidade que transcende a mera obrigação. Ela se fundamenta na graça, na alegria e no amor sacrificial. Portanto, este artigo se propõe a mergulhar nos textos paulinos para extrair os princípios que devem nortear a prática de dar na vida do crente.

O Cenário da Igreja Primitiva: Contribuição como Solidariedade

Para entendermos a perspectiva paulina, primeiramente, precisamos nos transportar para o cenário da igreja primitiva. Naquela época, as comunidades cristãs eram, em sua maioria, compostas por pessoas de posses limitadas e que enfrentavam perseguições.

Nesse sentido, a contribuição financeira não visava a construção de grandes templos. Pelo contrário, seu propósito era eminentemente prático e solidário. Os recursos arrecadados serviam para o sustento dos pobres, das viúvas e dos órfãos dentro da própria comunidade.

Além disso, essas ofertas eram essenciais para apoiar os apóstolos e missionários, como o próprio Paulo. De fato, a generosidade era uma marca distintiva do cristianismo nascente, uma demonstração tangível do amor fraternal e da unidade no corpo de Cristo.

Os Princípios em 1 Coríntios 16: A Coleta Planejada e Proporcional

Um dos textos mais elucidativos de Paulo sobre o tema está em 1 Coríntios 16:1-4, onde ele instrui sobre uma oferta para socorrer os crentes pobres da Judeia. Ali, ele estabelece princípios de extrema relevância:

  • Regularidade e Planejamento: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar…”. Isso introduz a ideia de uma doação sistemática e intencional.
  • Proporcionalidade: “…conforme a sua prosperidade”. Em outras palavras, a doação não é um valor fixo, mas uma quantia proporcional aos recursos que Deus concedeu a cada um.
  • Propósito Definido: A coleta tinha um objetivo claro, que era o socorro aos necessitados. Isso demonstra que a contribuição, na visão paulina, deve ser transparente e direcionada.

A Teologia da Graça em 2 Coríntios 8 e 9

Contudo, é em 2 Coríntios, capítulos 8 e 9, que Paulo desenvolve a mais completa teologia da contribuição. Nestes capítulos, ele não fala de lei, mas de “graça”, “alegria” e “generosidade”.

Ele apresenta o exemplo das igrejas da Macedônia que, mesmo em meio à “profunda pobreza”, suplicaram pelo “privilégio de participarem deste serviço”. Para Paulo, portanto, contribuir não é um peso, mas uma “graça” (charis).

A Motivação Suprema: O Exemplo de Cristo

Ele ancora toda a motivação para dar no exemplo de Jesus: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis” (2 Coríntios 8:9). Desta forma, nossa generosidade é apenas uma resposta à imensa generosidade de Deus. Essa é a essência da salvação pela graça.

A Atitude Correta: Dar com Alegria

Além do mais, Paulo estabelece a atitude correta ao dar. De maneira enfática, ele declara em 2 Coríntios 9:7: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”.

Este versículo desmonta qualquer sistema baseado na coerção ou na culpa. A decisão deve ser pessoal e a atitude, alegre. A contribuição feita com relutância ou por obrigação perde seu valor espiritual. Deus se deleita no doador alegre (hilaron). Este é um dos mais belos versículos sobre dízimos e ofertas em todo o Novo Testamento.

O Objetivo Comunitário: Igualdade e Mutualidade

Outro aspecto crucial é o princípio da igualdade. Ao organizar a coleta, Paulo esclarece: “Não para que outros tenham alívio, e vós, opressão; mas para que haja igualdade” (2 Coríntios 8:13). A ideia era criar um equilíbrio justo, onde a abundância de uns suprisse a necessidade de outros. Trata-se de uma visão dinâmica do corpo de Cristo.

O Princípio Espiritual: Semeadura e Ceifa

Paulo também usa a famosa metáfora da semeadura: “Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará” (2 Coríntios 9:6).

Longe de ser uma promessa de riqueza material, o contexto mostra que a “ceifa abundante” é um ciclo virtuoso: Deus proverá mais recursos para que se possa ser ainda mais generoso, resultando em “graças a Deus” (v. 11). É uma lei espiritual onde a generosidade produz mais generosidade e glorifica a Deus. A melhor palavra de oferta e dízimo com explicação foca neste ciclo de graça.

Por que Paulo não Ordena o Dízimo?

A ausência de uma ordem para dizimar nas epístolas paulinas é intencional. O dízimo era parte da Lei Mosaica, um sistema para a nação de Israel, ligado ao sustento dos levitas e do templo.

Paulo é claro ao defender o direito daqueles que pregam o evangelho de serem sustentados. Em 1 Coríntios 9, ele argumenta que esta é uma “ordenança do Senhor”: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Coríntios 9:14).

Portanto, o sustento pastoral e missionário é um princípio bíblico. A generosidade da igreja deve se estender àqueles que dedicam suas vidas ao ministério, permitindo o avanço do poder do evangelho. É fundamental entender o que a Bíblia fala como um todo sobre o sustento da obra.

Em suma, há uma profunda mudança de paradigma. Sob a Lei, o foco era na obrigação. Sob a Graça, o foco se desloca para o privilégio. A motivação deixa de ser o medo para se tornar a gratidão pelo amor de Cristo.

A medida não é um percentual fixo, mas uma doação sacrificial, decidida no coração. A justificação pela fé deve nos levar a uma vida de gratidão prática, sustentando as missões.

Conclusão: Uma Generosidade que Adora

Finalmente, a abordagem de Paulo é radicalmente cristocêntrica. Ele nos convida a abraçar a alegria de uma generosidade extravagante, que espelha o dom de Deus em Jesus Cristo.

Que a nossa prática de dar seja menos sobre regras e mais sobre um relacionamento vibrante com o Deus que deu tudo por nós. Que possamos redescobrir o privilégio de sermos parceiros de Deus, contribuindo de forma sistemática, proporcional e, acima de tudo, com um coração alegre e grato. É preciso ser grato em todas as coisas.

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