28 Versículos Bíblicos Sobre Dízimos e Ofertas com Explicação Detalhada
Compreender o que a Bíblia ensina sobre dízimos, ofertas e generosidade é fundamental para uma vida de fé e adoração. A contribuição financeira, quando feita com a motivação correta, é uma poderosa expressão de gratidão, confiança e obediência a Deus. Apresentamos a seguir uma seleção de versículos-chave, cada um com uma explicação para aprofundar seu entendimento sobre este importante princípio espiritual.
Gênesis 4:3-5
E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
Explicação: Este texto, em primeiro lugar, estabelece um princípio fundamental sobre a oferta: a atitude do coração é mais importante do que o ato em si. Abel, por exemplo, trouxe o melhor que possuía, os primogênitos, demonstrando fé e reverência. Consequentemente, Deus se agradou de sua oferta. Caim, por outro lado, ofertou de uma maneira que não foi aceita, indicando que a motivação e a qualidade do que foi entregue não refletiam um coração genuinamente voltado para Deus. Portanto, a passagem nos ensina sobre a importância de ofertar com sinceridade e excelência.
Gênesis 8:20-22
E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocausto sobre o altar. E o Senhor cheirou o suave cheiro e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão.
Explicação: Após o dilúvio, a primeira atitude de Noé foi de adoração e gratidão, expressa através de uma oferta. Desse modo, o sacrifício de Noé simbolizava sua total devoção. Como resultado, Deus respondeu com uma promessa de estabilidade e continuidade para a terra. A oferta, nesse contexto, não apenas agrada a Deus, mas também se torna um ponto de partida para uma nova aliança e bênção, mostrando que a gratidão manifestada pelo ato de dar move o coração de Deus.
Gênesis 17:7
E estabelecerei o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, por pacto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua descendência depois de ti.
Explicação: Embora não fale diretamente de ofertas materiais, este versículo trata da maior oferta de todas: a aliança e o relacionamento com Deus. Nesse sentido, Deus se oferece para ser o Deus de Abraão e de seus descendentes. A contribuição, portanto, é uma resposta a essa aliança. Visto que Deus se deu a nós, nós respondemos com nossa lealdade, adoração e, similarmente, com nossos recursos como parte dessa relação pactual.
Êxodo 25:1-2
Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.
Explicação: Aqui, Deus instrui a coleta de ofertas para a construção do Tabernáculo. Contudo, a ênfase principal está na voluntariedade. A oferta deveria vir daqueles cujo “coração se mover voluntariamente”. Isso demonstra, desde o Antigo Testamento, que Deus não valoriza a contribuição forçada ou por obrigação. Pelo contrário, Ele deseja que o ato de dar seja uma expressão espontânea de amor e devoção.
Levítico 27:30
Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor.
Explicação: Este versículo estabelece o princípio do dízimo como algo que pertence intrinsecamente a Deus. Em outras palavras, o dízimo não é uma mera doação, mas a devolução de algo que já é do Senhor. Ao designar as dízimas como “santas”, a passagem ressalta que essa porção é separada para um propósito sagrado, reconhecendo assim a soberania e a provisão de Deus sobre toda a produção.
Deuteronômio 28:1-2
E será que, se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus.
Explicação: A obediência aos mandamentos de Deus, que incluem as instruções sobre dízimos e ofertas, é diretamente ligada a uma vida de bênçãos. Dessa forma, o ato de contribuir não é isolado, mas faz parte de um estilo de vida de fidelidade. A promessa, consequentemente, é que a obediência atrai as bênçãos de Deus de forma abundante. Portanto, a generosidade é tanto um ato de obediência quanto um caminho para a bênção.
1 Crônicas 29:9
E o povo se alegrou do que deram voluntariamente; porque com coração perfeito deram voluntariamente ao Senhor; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria.
Explicação: A contribuição para a construção do Templo gerou uma imensa alegria coletiva. Isso acontece porque a generosidade, quando praticada com um “coração perfeito” (ou seja, íntegro e sincero), produz felicidade tanto em quem dá quanto na comunidade. Além disso, a passagem mostra que liderar pelo exemplo, como fez o rei Davi, inspira o povo a dar com o mesmo espírito de alegria e voluntariedade.
1 Crônicas 29:14
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.
Explicação: Na sua oração, Davi expressa uma profunda humildade e reconhecimento da soberania de Deus. Ele entende que a capacidade de ofertar generosamente não é um mérito humano, mas uma dádiva divina. Com efeito, tudo o que temos vem de Deus. Portanto, quando ofertamos, estamos simplesmente devolvendo a Ele uma pequena parte do que Ele mesmo nos concedeu.
Salmo 4:5
Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no Senhor.
Explicação: Este versículo conecta o ato de ofertar com um estilo de vida justo. Os “sacrifícios de justiça” implicam que as ofertas devem ser acompanhadas por uma conduta reta e um coração puro. Além disso, a oferta é um ato de confiança. Ao entregar nossos recursos, estamos, de fato, declarando nossa total dependência e confiança na provisão contínua do Senhor, em vez de confiarmos em nossas próprias riquezas.
Salmo 54:6
Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom.
Explicação: O salmista declara sua intenção de ofertar de forma voluntária, não por costume ou obrigação. Essa oferta é, ademais, uma forma de louvor, um reconhecimento da bondade de Deus. Assim, o sacrifício e o louvor estão entrelaçados, mostrando que a nossa contribuição material pode ser uma poderosa expressão de adoração e gratidão pelo caráter de Deus.
Salmo 96:7-8
Dai ao Senhor, ó famílias dos povos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios.
Explicação: Este salmo é um chamado universal à adoração. Parte essencial dessa adoração inclui “trazer oferendas”. A contribuição, portanto, não é apenas um ato de caridade, mas uma forma de dar a Deus a “glória devida ao seu nome”. Ao entrarmos em Sua presença para adorar, nossas ofertas se tornam uma demonstração tangível de honra e reconhecimento do Seu senhorio.
Provérbios 3:9-10
Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.
Explicação: Este provérbio ensina o princípio de honrar a Deus com as primícias, ou seja, com a primeira e melhor parte de nossos rendimentos. Esse ato demonstra prioridade e fé. Consequentemente, a promessa associada a essa prática de honra é a abundância. Deus responde à nossa fidelidade em dar a Ele o primeiro lugar, garantindo que nossas necessidades sejam supridas com fartura.
Provérbios 11:24
Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza.
Explicação: A sabedoria deste provérbio apresenta um paradoxo divino: a generosidade leva ao aumento, enquanto a mesquinhez leva à perda. Em outras palavras, ao espalhar e abençoar outros com nossos recursos, ativamos um princípio espiritual de multiplicação. Por outro lado, reter egoisticamente resulta em escassez, pois interrompe o fluxo da bênção de Deus.
Provérbios 11:25
A alma generosa engordará, e o que regar também será regado.
Explicação: Reforçando o versículo anterior, esta passagem promete prosperidade (“engordará”) para a pessoa generosa. A metáfora de regar e ser regado é poderosa: assim como a água que damos a uma planta retorna em forma de frutos e beleza, o que damos aos outros retorna para nós em forma de bênçãos e refrigério. Dessa forma, a generosidade é um ciclo virtuoso.
Malaquias 3:10
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
Explicação: Este é um dos convites mais diretos da Bíblia para que o povo teste a fidelidade de Deus. Ele desafia os fiéis a cumprirem sua parte, trazendo os dízimos integralmente, com o propósito de suprir a “casa do tesouro”. Em troca, Deus promete uma bênção extraordinária e superabundante, a ponto de não haver onde guardá-la. Consequentemente, a fidelidade no dízimo abre as comportas da bênção divina.
Habacuque 2:2-3
Então, o Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.
Explicação: Embora não trate diretamente de ofertas, este texto fala sobre a importância de apoiar uma visão dada por Deus. Frequentemente, a materialização de uma visão divina na igreja ou em ministérios depende dos recursos ofertados pelo povo de Deus. Portanto, ofertar é um ato de fé na visão que Deus revelou, investindo naquilo que Ele prometeu cumprir no tempo certo.
Mateus 6:19-21
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Explicação: Jesus ensina sobre a importância de investir na eternidade. Tesouros terrenos são temporários e vulneráveis. Em contrapartida, tesouros no céu, acumulados através de atos de justiça, generosidade e serviço ao Reino, são permanentes. Finalmente, Ele revela que o nosso investimento financeiro indica a verdadeira lealdade do nosso coração.
Mateus 6:33
Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês.
Explicação: Este versículo estabelece uma ordem de prioridades. Quando colocamos o Reino de Deus e Seus interesses em primeiro lugar, o que inclui nossa fidelidade em contribuir, Deus assume a responsabilidade por nossas necessidades materiais (“todas essas coisas”). Dessa forma, a oferta e o dízimo se tornam uma expressão prática de que estamos buscando primeiro o Reino.
Mateus 25:21
O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!
Explicação: Na Parábola dos Talentos, a fidelidade na administração dos recursos confiados é o critério para a recompensa. Isso se aplica diretamente à forma como gerenciamos nossas finanças. Assim, ser fiel no “pouco” que Deus nos dá, incluindo a devolução de dízimos e ofertas, qualifica-nos para receber responsabilidades e bênçãos maiores no Reino de Deus.
Marcos 10:21
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me.
Explicação: Para o jovem rico, as posses eram um ídolo que o impedia de seguir a Jesus plenamente. O chamado para dar tudo aos pobres foi um teste para revelar onde estava seu coração. Eventualmente, isso nos ensina que a verdadeira generosidade pode exigir sacrifício e desapego, abrindo caminho para acumular tesouros no céu e para um discipulado mais profundo.
Marcos 12:41-44
E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos depositavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, depositou duas pequenas moedas, que valiam cinco réis. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro; porque todos ali depositaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, depositou tudo o que tinha, todo o seu sustento.
Explicação: Jesus ensina que o valor da oferta não está na quantidade, mas na proporção do sacrifício. Os ricos deram do que lhes sobrava, sem impacto em seu estilo de vida. A viúva, entretanto, deu tudo o que possuía, demonstrando confiança total em Deus. Consequentemente, sua pequena oferta teve um valor espiritual imensurável aos olhos de Deus.
Lucas 6:38
Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante, vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.
Explicação: Este é o princípio da semeadura e da colheita aplicado à generosidade. Jesus promete que o ato de dar aciona uma resposta divina de retribuição, que é sempre maior do que a oferta inicial. A imagem de uma medida “recalcada, sacudida e transbordante” ilustra a natureza abundante e generosa da bênção que Deus derrama sobre aqueles que dão liberalmente.
Lucas 21:1-4
Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: ‘Afirmo que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver’.
Explicação: Assim como no Evangelho de Marcos, Lucas reforça a lição sobre a oferta sacrificial. A ação da viúva pobre é destacada por Jesus como o maior exemplo de generosidade, pois ela não deu de sua abundância, mas de sua necessidade. Portanto, o que valida a oferta perante Deus é o grau de sacrifício e a fé que ela representa.
Atos 2:45
Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
Explicação: A igreja primitiva vivia um nível radical de generosidade e comunidade. O desapego aos bens materiais era tão grande que os cristãos vendiam suas posses para suprir as necessidades uns dos outros. Este é, sem dúvida, um modelo poderoso de como a fé em Cristo transforma a relação das pessoas com o dinheiro, movendo-as do acúmulo individual para o cuidado coletivo.
Atos dos Apóstolos 20:35
Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’.
Explicação: O apóstolo Paulo cita uma frase de Jesus que resume a essência da vida cristã. A verdadeira bênção e felicidade não estão em acumular, mas em distribuir. Ao dar, imitamos o caráter de Deus, que é o doador por excelência. Dessa forma, ajudar os necessitados e contribuir para a obra do Senhor nos coloca em uma posição de maior alegria e realização espiritual.
2 Coríntios 9:6
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.
Explicação: Usando uma metáfora agrícola, Paulo explica que a nossa oferta é como uma semente. A dimensão da nossa colheita (bênçãos) está diretamente relacionada à dimensão da nossa semeadura (contribuição). Assim, uma semeadura generosa resulta em uma colheita abundante. Isso nos encoraja a sermos generosos, com a expectativa de que Deus multiplicará o que foi plantado.
2 Coríntios 9:7-8
Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer que toda a graça lhes seja acrescentada, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.
Explicação: Este é um princípio central do Novo Testamento sobre a contribuição. Em primeiro lugar, ela deve ser decidida no coração. Em segundo lugar, deve ser feita com alegria, não por constrangimento. Como resultado, Deus promete suprir todas as necessidades do doador alegre, capacitando-o a continuar a ser generoso e a “transbordar em toda boa obra”.
Filipenses 4:18-19
Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
Explicação: Paulo descreve a oferta financeira enviada pela igreja de Filipos como um “sacrifício agradável” a Deus, uma forma de adoração. Em resposta a essa generosidade, ele declara uma das promessas mais poderosas da Bíblia: que Deus, o provedor infinito, suprirá cada uma das necessidades deles. Portanto, a nossa oferta não apenas ajuda a obra de Deus, mas também ativa a Sua provisão sobre nossa própria vida.