12 Reflexões Profundas sobre Ofertas e Dízimos na Vida Cristã
Qual é a reflexão sobre ofertas e dízimos? 12 Reflexões Profundas sobre Ofertas e Dízimos na Vida Cristã é, antes de tudo, um convite para examinarmos uma das áreas mais práticas e, ao mesmo tempo, mais espirituais da nossa fé.
De fato, falar sobre finanças na igreja pode, por vezes, ser um tema delicado. Contudo, Jesus falou mais sobre dinheiro do que sobre o céu e o inferno combinados, pois Ele sabia que a forma como lidamos com nossos recursos revela o verdadeiro estado do nosso coração.
Portanto, este artigo não busca apenas responder se devemos ou não dizimar, mas sim aprofundar o “porquê” por trás da nossa entrega. Em outras palavras, o objetivo é transformar o ato de dar de uma mera obrigação religiosa para uma alegre e espontânea resposta de adoração.
Assim, exploraremos doze facetas da contribuição, mostrando que ela é uma ferramenta poderosa para o nosso crescimento espiritual e para a expansão do Reino de Deus. Para começar, é fundamental entender o que a Bíblia diz sobre o dízimo em sua totalidade.
1. Dar é um Ato de Adoração
Primeiramente, devemos entender que a entrega de dízimos e ofertas transcende a necessidade financeira da igreja; é, em sua essência, um ato de adoração. Ao trazermos uma porção de nossos bens ao altar, estamos, de fato, declarando que Deus é o Senhor de tudo e que Ele é digno de honra. Assim como cantamos ou oramos, nossa contribuição é uma expressão tangível do nosso amor. O convite em Malaquias, portanto, não é uma exigência fria, mas um chamado à adoração através da devolução fiel.
Malaquias 3:10
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos…”
2. O Princípio das Primícias
Em segundo lugar, a Bíblia nos ensina o princípio de dar a Deus o primeiro e o melhor, e não as sobras. A orientação em Provérbios é clara sobre honrar a Deus com a “primeira parte” de nossos ganhos. Isto significa que a nossa contribuição não deve ser o que resta, mas sim a primeira atitude que tomamos. Consequentemente, essa prática demonstra que Deus tem a prioridade em nossa vida financeira e que confiamos Nele para o sustento do restante do mês. É, portanto, uma poderosa declaração de fé.
Provérbios 3:9
“Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos.”
3. Mordomia em vez de Posse
A reflexão sobre a mordomia muda completamente nossa perspectiva sobre o dinheiro. De fato, as Escrituras ensinam que não somos donos de nada; somos apenas administradores (mordomos) dos recursos que Deus nos confiou. Sendo assim, o dízimo não é “dar a Deus 10% do que é meu”, mas sim devolver a Ele uma porção do que já é Dele, administrando os 90% restantes com sabedoria. Essa mentalidade, por conseguinte, nos livra do peso da posse e nos convida a uma parceria com Deus.
Salmo 24:1
“Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela há, o mundo e os que nele habitam.”
4. Dízimo: Expressão de Fé, Não Lei
É crucial entender a diferença entre o dízimo no Novo Testamento e no Antigo. Sob a Lei de Moisés, o dízimo era um mandamento. Na Nova Aliança, contudo, vivemos sob a graça. O dízimo, portanto, deixa de ser uma obrigação legal para se tornar uma disciplina espiritual voluntária e uma expressão de fé, assim como Abraão fez muito antes da Lei. Em outras palavras, o crente não dizima por medo, mas por amor, como um ato de gratidão pela salvação pela graça.
Gênesis 14:20
“E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.”
5. O Coração do Doador Importa Mais que a Quantia
Jesus deixou claro esse princípio na história da oferta da viúva pobre. Enquanto os ricos depositavam grandes quantias, ela deu apenas duas pequenas moedas, mas Jesus afirmou que ela deu mais do que todos, pois deu tudo o que tinha. Isso nos ensina que Deus não avalia nossa oferta pelo valor monetário, mas pela atitude do coração. A alegria no dar, portanto, agrada mais a Deus do que uma grande oferta dada por obrigação.
2 Coríntios 9:7
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; не com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”
6. O Princípio Espiritual da Semeadura e da Colheita
A contribuição no Reino de Deus opera sob o princípio da semeadura. O apóstolo Paulo explica que a generosidade da semeadura determina a abundância da colheita. É importante notar que, embora isso possa incluir a provisão material, a colheita é muito mais ampla: colhemos bênçãos espirituais, alegria e recompensa eterna. Dessa forma, a generosidade não é perder, mas sim investir em um campo cujo retorno é garantido pelo próprio Deus.
2 Coríntios 9:6
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.”
7. Uma Arma Contra o Materialismo
Jesus foi enfático ao afirmar que não podemos servir a dois senhores. O materialismo é uma das idolatrias mais sutis do nosso tempo. O ato de dizimar e ofertar, portanto, funciona como uma declaração de guerra contra o poder do dinheiro sobre nosso coração. A cada vez que liberamos nossos recursos voluntariamente, estamos, de fato, quebrando o controle do materialismo e declarando que nossa segurança está em Deus, não em nossos bens. É um exercício prático de guardar o coração.
Mateus 6:24
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”
8. O Sustento da Igreja Local e da Missão
Além do aspecto espiritual, a contribuição tem um propósito vital e prático. É através dos dízimos e ofertas que a igreja local se mantém: ministérios são financiados, pastores são sustentados e a ajuda aos necessitados é viabilizada. Ademais, é desse recurso que sai o sustento para os missionários. Assim, cada vez que contribuímos, tornamo-nos participantes diretos de tudo o que Deus está fazendo através da nossa comunidade e no mundo.
1 Coríntios 9:14
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.”
9. Um Teste para a Nossa Confiança na Provisão de Deus
A passagem de Malaquias 3:10 contém um desafio único na Bíblia: o de provar a fidelidade de Deus através da nossa fidelidade. Embora o contexto seja o da Antiga Aliança, o princípio da confiança permanece. Ao entregarmos a primeira parte, estamos testando nossa própria fé, agindo na crença de que Deus é fiel para suprir todas as nossas necessidades. É, portanto, um exercício prático de dependência, onde nossa fé sai do campo teórico para a vida real.
Malaquias 3:10
“…fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”
10. A Oferta como um Ato de Gratidão Espontânea
Enquanto o dízimo pode ser visto como a base da nossa contribuição, a oferta é a expressão espontânea da nossa gratidão. Ela nasce de um coração transbordante por uma bênção específica ou simplesmente pela bondade de Deus. A oferta não tem valor fixo; ela é movida pelo Espírito e pela alegria. É o nosso “algo a mais”, a nossa resposta de amor que vai além do dever, como vemos em diversas palavras de oferta com explicação.
Êxodo 35:29
“Os filhos de Israel trouxeram oferta voluntária ao Senhor, todo homem e mulher cujo coração os moveu a trazer para toda a obra que o Senhor ordenara se fizesse…”
11. Um Investimento na Eternidade
Jesus nos aconselhou a não ajuntar tesouros na terra, mas sim no céu. Como fazemos isso? Um dos principais meios é investindo naquilo que é eterno: a salvação de almas e a edificação do Reino de Deus. Cada real que ofertamos para a expansão do evangelho, de fato, é uma semente que estamos enviando para a eternidade. É trocar um tesouro temporário e corruptível por uma recompensa eterna e incorruptível.
Mateus 6:20
“Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.”
12. A Descoberta da Alegria em Dar
Finalmente, a maior revelação sobre a contribuição é a descoberta da alegria que ela produz. O apóstolo Paulo nos lembra das palavras do próprio Jesus. Em um mundo que nos ensina a acumular, o evangelho nos convida a distribuir. E, paradoxalmente, ao fazê-lo, descobrimos uma alegria e um contentamento que o egoísmo jamais poderá proporcionar. A generosidade, portanto, não é um fardo, mas um caminho para a verdadeira bem-aventurança.
Atos 20:35
“…recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.”
Em suma, a reflexão sobre ofertas e dízimos nos leva muito além de uma simples transação financeira. Trata-se de uma jornada de fé, confiança e adoração. Que nossa motivação para dar seja sempre o amor, e que cada palavra de oferta e dízimo em nossa igreja nos lembre da graça de Deus.
Afinal, a maneira como lidamos com as finanças é um poderoso testemunho do senhorio de Cristo em nossas vidas, mostrando que Ele é o nosso verdadeiro tesouro em vasos de barro.