83 Sugestões de Temas para Pregação e Sermões Bíblicos
Encontrar o tema certo para uma pregação ou sermão é, sem dúvida, um dos maiores desafios do ministério. Primeiramente, busca-se fidelidade à Palavra de Deus; além disso, é preciso conectar essa Palavra à realidade dos ouvintes.
Felizmente, a Bíblia oferece um manancial inesgotável de assuntos. Contudo, às vezes, um ponto de partida é necessário para despertar a inspiração. De fato, existem muitos temas para culto que podem ser explorados.
Portanto, compilamos esta lista abrangente com 83 sugestões de temas para sermões. Elas cobrem, por exemplo, desde doutrinas fundamentais até estudos de personagens e, da mesma forma, a vida prática. Assim sendo, use esta lista como uma ferramenta para seu estudo e oração.
Igualmente, peça a Deus que direcione sua mensagem. Muitos destes temas, aliás, podem ser desenvolvidos em profundos esboços para jovens e, certamente, para adultos.

Fundamentos da Fé e Doutrina
Estes são, portanto, temas essenciais que, indubitavelmente, formam a base da fé cristã.
1. O Amor Incomparável de Deus
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Explicação: Este é o coração do Evangelho. A mensagem deve focar na magnitude, na iniciativa e no sacrifício do amor de Deus. Não é um amor baseado no mérito humano, mas na natureza divina. É o fundamento de nossa segurança e a motivação para nossa adoração.
Referência: João 3:16
2. A Salvação Somente pela Graça
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”
Explicação: Um tema crucial para combater o legalismo e a religiosidade. A salvação é um presente imerecido (graça), recebido pela confiança (fé), e não uma recompensa por esforço humano. Isso traz humildade e gratidão ao crente.
Referência: Efésios 2:8-9
3. O Poder do Sangue de Cristo
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.”
Explicação: O sangue de Jesus não é apenas um símbolo, mas o meio legal e espiritual da nossa redenção. Ele nos purifica de todo pecado, nos justifica diante do Pai e vence o acusador. É um tema central para a Ceia do Senhor.
Referência: Hebreus 9:22
4. A Realidade da Ressurreição
“E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.”
Explicação: Sem a ressurreição, o cristianismo seria apenas uma filosofia moral. A vitória de Cristo sobre a morte é a garantia da nossa própria ressurreição e a prova de que Deus aceitou Seu sacrifício. É a base da nossa esperança futura.
Referência: 1 Coríntios 15
5. O Batismo: Morrendo para o Mundo
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.”
Explicação: O batismo não salva, mas é a declaração pública de uma realidade interior: a morte para o velho “eu” e o nascimento para uma nova vida em Cristo. É um ato de obediência e identificação com o Senhor.
Referência: Romanos 6:4
6. A Natureza da Verdadeira Adoração
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
Explicação: Adoração vai além de música ou rituais; é uma postura de vida. “Em espírito” envolve o coração e a devoção sincera; “em verdade” exige alinhamento com a revelação bíblica sobre quem Deus é.
Referência: João 4:23-24
7. A Trindade: Entendendo o Deus Triúno
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”
Explicação: Embora a palavra “Trindade” não esteja na Bíblia, o conceito de um Deus em três pessoas é fundamental. Pai, Filho e Espírito Santo coexistem em perfeita unidade, amor e propósito na obra da criação e redenção.
Referência: Mateus 28:19
8. A Autoridade e Suficiência das Escrituras
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”
Explicação: A Bíblia é a nossa regra final de fé e prática. Ela não apenas contém a palavra de Deus, ela É a palavra de Deus. Sua suficiência significa que nela encontramos tudo o que é necessário para a salvação e a vida piedosa.
Referência: 2 Timóteo 3:16
9. A Nova Aliança em Cristo
“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.”
Explicação: Diferente da Antiga Aliança escrita em pedras, a Nova Aliança é escrita nos corações. Ela é mediada por Jesus, garantindo o perdão definitivo dos pecados e o conhecimento pessoal e íntimo de Deus.
Referência: Jeremias 31:31-34
10. O Arrependimento Genuíno
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”
Explicação: Arrependimento (metanoia) não é apenas remorso, mas uma mudança radical de mente e direção. É dar as costas ao pecado e voltar-se para Deus. É a porta de entrada para o Reino e para o perdão.
Referência: Atos 2:38
11. O Juízo Final: Preparados para a Eternidade
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele… e foram julgados cada um segundo as suas obras.”
Explicação: A realidade do julgamento final traz seriedade à vida presente. Todos comparecerão diante de Deus. Para os salvos em Cristo, é dia de absolvição; para os que rejeitam a graça, dia de condenação justa.
Referência: Apocalipse 20:11-15
12. O Dízimo e a Oferta como Atos de Adoração
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa…”
Explicação: Contribuir financeiramente não é uma “taxa”, mas um reconhecimento de que Deus é o dono de tudo. É um ato de fé, obediência e adoração que combate a ganância e sustenta a obra do Reino.
Referência: Malaquias 3:10
A Pessoa e Obra de Jesus Cristo
Da mesma forma, estes são sermões focados em quem Jesus é e, especificamente, no que Ele fez.
13. Jesus, o Pão da Vida
“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.”
Explicação: Jesus satisfaz a fome espiritual profunda da alma humana. Diferente do maná que sustentava apenas fisicamente e temporariamente, Cristo oferece sustento eterno e vida plena a quem Dele se alimenta.
Referência: João 6:35
14. Jesus, a Luz do Mundo
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
Explicação: Em um mundo moral e espiritualmente escuro, Jesus é a única fonte de revelação e direção. Segui-lo significa ter clareza sobre o propósito da vida, o caráter de Deus e o caminho para a eternidade.
Referência: João 8:12
15. Jesus, a Porta das Ovelhas
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”
Explicação: Existe apenas um acesso à salvação e à segurança do aprisco de Deus. Jesus é a entrada exclusiva para a vida eterna, rejeitando a ideia de que “todos os caminhos levam a Deus”.
Referência: João 10:9
16. Jesus, o Bom Pastor
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.”
Explicação: Diferente do mercenário que foge no perigo, o Bom Pastor tem um compromisso sacrificial com o rebanho. Ele conhece suas ovelhas pelo nome, as guia, protege e, supremamente, morre para salvá-las.
Referência: João 10:11 – (Veja Esboço sobre o Bom Pastor)
17. Jesus, a Ressurreição e a Vida
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.”
Explicação: Esta declaração, feita diante da morte de Lázaro, afirma o poder absoluto de Cristo sobre a morte física e espiritual. Ele não apenas dá vida; Ele É a própria vida que vence a morte.
Referência: João 11:25
18. Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Explicação: Uma das afirmações mais exclusivas de Jesus. Ele não apenas ensina o caminho ou a verdade; Ele encarna essas realidades. Ele é o único mediador capaz de conectar a humanidade caída ao Deus Santo.
Referência: João 14:6
19. Jesus, a Videira Verdadeira
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.”
Explicação: A vida cristã depende totalmente da conexão vital com Cristo. Assim como o ramo seca se cortado da videira, não podemos produzir frutos espirituais sem permanecer nEle.
Referência: João 15:1
20. Cristo, o Único Mediador
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”
Explicação: Jesus é singularmente qualificado para ser a ponte entre o céu e a terra porque é plenamente Deus e plenamente homem. Nenhuma outra entidade ou santo pode ocupar esse lugar de intercessão e reconciliação.
Referência: 1 Timóteo 2:5
21. A Humanidade de Cristo: Tentado como Nós
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”
Explicação: Jesus entende nossas lutas porque vestiu nossa pele. Ele enfrentou fome, cansaço, rejeição e tentação, mas venceu. Sua humanidade perfeita nos dá um modelo e um intercessor compassivo.
Referência: Hebreus 4:15
22. A Humildade de Cristo: A Mente do Servo
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que… tomou a forma de servo.”
Explicação: A encarnação é o maior ato de humildade da história. O Criador se fez criatura para servir. Somos chamados a imitar essa atitude (kenosis), considerando os outros superiores a nós mesmos.
Referência: Filipenses 2:5-8
23. O Rei Vindouro: A Esperança da Segunda Vinda
“Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
Explicação: A história humana não caminha para o caos, mas para a coroação de Cristo. Sua volta será física, visível e gloriosa para julgar, restaurar e reinar. É a “bendita esperança” da Igreja.
Referência: Atos 1:11
24. Jesus: O Autor e Consumador da Nossa Fé
“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz…”
Explicação: A vida cristã começa e termina em Jesus. Ele inicia nossa fé e nos sustenta até o fim. O foco não deve estar nas circunstâncias ou em nós mesmos, mas nEle, nosso exemplo supremo de perseverança.
Referência: Hebreus 12:2 – (Veja Jesus: O Autor e Consumador da Nossa Fé)
Vida Cristã Prática (O Andar)
Aqui, por sua vez, temos temas que abordam os desafios e, também, as práticas do dia a dia do crente.
25. O Fruto do Espírito: Amor
“Mas o fruto do Espírito é: amor…”
Explicação: O amor (agape) não é um sentimento, mas uma decisão de sacrifício pelo bem do outro, gerada pelo Espírito. É a marca distintiva do cristão e a base de todos os outros frutos.
Referência: Gálatas 5:22
26. O Fruto do Espírito: Alegria
“…gozo…”
Explicação: A alegria cristã difere da felicidade circunstancial. É um contentamento profundo baseado na presença de Deus e na salvação, que persiste mesmo em meio ao sofrimento.
Referência: Gálatas 5:22
27. O Fruto do Espírito: Paz
“…paz…”
Explicação: Shalom é a paz com Deus (justificação) e a paz de Deus (tranquilidade interna). É a calma em meio à tempestade, sabendo que Deus está no controle.
Referência: Gálatas 5:22 – (Veja Esboço do Fruto do Espírito)
28. Andando no Espírito, Não na Carne
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.”
Explicação: A vida cristã é uma batalha constante entre a velha natureza e a nova. “Andar no Espírito” significa submeter-se diariamente à Sua direção e poder para vencer o pecado.
Referência: Romanos 8:1-11
29. A Renovação da Mente
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento…”
Explicação: A transformação do comportamento começa na mente. Precisamos substituir os valores do mundo pela verdade da Palavra de Deus para discernir Sua vontade.
Referência: Romanos 12:1-2
30. A Batalha Espiritual: A Armadura de Deus
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”
Explicação: Nossa luta não é contra pessoas, mas contra poderes espirituais. A vitória depende de estarmos equipados com a verdade, justiça, fé, salvação e a Palavra de Deus.
Referência: Efésios 6:10-18
31. O Poder da Língua: Edificar ou Destruir
“A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade…”
Explicação: Tiago alerta sobre o poder desproporcional da língua. Nossas palavras podem abençoar e curar ou amaldiçoar e destruir. O controle da língua é sinal de maturidade espiritual.
Referência: Tiago 3
32. Vencendo a Ansiedade pela Oração
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração…”
Explicação: O antídoto para a ansiedade não é o controle, mas a oração com ação de graças. Transferir o fardo para Deus traz uma paz que guarda o coração e a mente.
Referência: Filipenses 4:6-7
33. A Prática do Perdão Radical
“Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?”
Explicação: O perdão cristão não tem limites numéricos, mas é baseado na infinita graça que recebemos. Quem foi muito perdoado por Deus deve perdoar generosamente o próximo.
Referência: Mateus 18:21-35
34. Lidando com a Tentação
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis…”
Explicação: A tentação é comum a todos, mas Deus sempre provê uma rota de fuga. A vitória vem não pela nossa força, mas por confiar na fidelidade de Deus e usar os meios que Ele dá.
Referência: 1 Coríntios 10:13
35. Santidade: Separados para Deus
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.”
Explicação: Santidade não é isolamento, mas separação moral e dedicação a Deus. Reflete o caráter do Pai. Somos chamados a ser diferentes do mundo em ética, amor e pureza.
Referência: 1 Pedro 1:15-16
36. O Amor ao Próximo na Prática (O Bom Samaritano)
“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.”
Explicação: O amor ao próximo quebra barreiras raciais e religiosas. Não é teórico, mas prático, custoso e compassivo. O “próximo” é qualquer um que precise da nossa ajuda.
Referência: Lucas 10:25-37
37. O Jugo Suave de Cristo: Encontrando Descanso
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”
Explicação: Jesus oferece descanso não da atividade, mas do peso da religiosidade e do pecado. Seu “jugo” é o discipulado, que é suave porque Ele carrega o peso conosco.
Referência: Mateus 11:28-30
38. A Generosidade que Agrada a Deus
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”
Explicação: A verdadeira generosidade nasce de um coração grato e alegre, não da culpa ou obrigação. Deus olha para a motivação do doador mais do que para a quantia.
Referência: 2 Coríntios 9:7
Personagens Bíblicos (Exemplos de Fé e Falha)
Além disso, é vital extrair lições práticas da vida de homens e, igualmente, de mulheres da Bíblia.
39. Lições da Fé de Abraão
“Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.”
Explicação: Abraão é o pai da fé porque obedeceu a Deus mesmo sem ver o quadro completo. Sua vida ensina sobre renúncia, paciência nas promessas e confiança na provisão divina (Jeová Jiré).
Referência: Gênesis 22
40. Jacó: De Enganador a Príncipe de Deus
“Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.”
Explicação: A jornada de Jacó mostra como a graça de Deus transforma um caráter falho. Seu encontro no vau de Jaboque marcou a mudança de um homem que confiava na astúcia para um que dependia de Deus.
Referência: Gênesis 32
41. José: Fidelidade na Adversidade
“Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida.”
Explicação: José manteve sua integridade e fé mesmo traído, escravizado e preso injustamente. Sua vida é a prova suprema da providência de Deus, que governa sobre o mal humano para cumprir Seus propósitos.
Referência: Gênesis 50:20
42. Moisés: A Desculpa e o Chamado
“Então disse Moisés ao Senhor: Ah, meu Senhor! eu não sou homem eloqüente… porque sou pesado de boca e pesado de língua.”
Explicação: Moisés tentou fugir do chamado alegando incapacidade. Deus ensina que Ele não chama os capacitados, mas capacita os chamados. A força do ministério está na presença de Deus (“Eu serei contigo”), não na habilidade humana.
Referência: Êxodo 4
43. Davi e Golias: Derrubando Gigantes
“Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos…”
Explicação: A vitória de Davi não veio de armadura ou força física, mas de sua confiança na aliança com Deus e zelo pelo Seu nome. Ensina como enfrentar os “gigantes” espirituais e problemas “impossíveis”.
Referência: 1 Samuel 17 – (Veja Esboço sobre Davi e Golias)
44. Débora: Coragem e Liderança Improvável
“Já tinham cessado os habitantes das aldeias em Israel… até que eu, Débora, me levantei, por mãe em Israel.”
Explicação: Em um tempo de crise e passividade masculina, Deus levantou uma mulher para julgar e libertar Israel. Débora ensina sobre iniciativa, coragem profética e o poder da liderança inspiradora.
Referência: Juízes 4 – (Veja Esboço sobre Débora)
45. Sansão: O Perigo do Orgulho e da Paixão
“E ela lhe disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me livrarei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele.”
Explicação: Sansão é um aviso trágico sobre desperdiçar dons espirituais por falta de caráter e disciplina. Mostra que a unção não substitui a santidade e que flertar com o pecado (Dalila) traz consequências devastadoras.
Referência: Juízes 16
46. Elias: Superando a Depressão e o Medo
“E ele… pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida…”
Explicação: Mesmo grandes homens de Deus enfrentam exaustão e desânimo. A resposta de Deus a Elias (descanso, comida e uma nova missão) mostra como Ele trata nossas crises emocionais com cuidado e propósito.
Referência: 1 Reis 19
47. Ester: Coragem “Para um Tempo Como Este”
“E quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?”
Explicação: Deus coloca seus servos em posições estratégicas para Seus propósitos. Ester arriscou a vida (“se perecer, pereci”) para salvar seu povo, ensinando sobre a providência divina e a coragem de agir.
Referência: Ester 4:14
48. Daniel: Fidelidade na Babilônia
“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada… orava e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.”
Explicação: Daniel manteve sua integridade e vida de oração em uma cultura pagã e hostil. Ensina como viver no mundo sem ser do mundo e como a consistência espiritual gera um testemunho poderoso.
Referência: Daniel 1 ou 6
49. Pedro: Fracasso e Restauração
“Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?… Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.”
Explicação: A negação de Pedro não foi o fim. O encontro na praia mostra que Jesus não descarta servos falhos, mas os restaura através da graça e do reafirmar do amor. Há esperança após o fracasso.
Referência: João 21
50. Paulo: De Perseguidor a Pregador
“E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?”
Explicação: A conversão de Paulo prova que ninguém está longe demais do alcance de Deus. O maior inimigo da igreja tornou-se seu maior apóstolo, demonstrando o poder radical da graça transformadora.
Referência: Atos 9
Textos Clássicos e Expositivos
Estes, por outro lado, são sermões focados na exposição de passagens amadas e, de fato, fundamentais.
51. O Sermão do Monte: As Bem-Aventuranças
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus…”
Explicação: Jesus vira os valores do mundo de cabeça para baixo. A verdadeira felicidade (macarismo) não vem do ter ou poder, mas do ser: humilde, manso, misericordioso e puro de coração.
Referência: Mateus 5:1-12
52. O Sermão do Monte: Sal da Terra e Luz do Mundo
“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo…”
Explicação: A igreja tem uma função social e espiritual: preservar a sociedade da corrupção moral (sal) e revelar a verdade de Deus (luz). Perder essa influência é perder o propósito da existência cristã.
Referência: Mateus 5:13-16
53. O Salmo 23: O Senhor é o Meu Pastor
“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.”
Explicação: Uma declaração de confiança total na provisão, direção e proteção de Deus. O Salmo cobre toda a jornada da vida, desde os “verdes pastos” até o “vale da sombra da morte”, terminando na casa do Senhor.
Referência: Salmo 23
54. O Salmo 91: Habitando no Esconderijo do Altíssimo
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.”
Explicação: Promessa de segurança para quem vive em comunhão íntima com Deus. Não é uma imunidade mágica contra problemas, mas a garantia da presença protetora de Deus em meio aos perigos.
Referência: Salmo 91
55. O Salmo 1: A Árvore Plantada Junto a Ribeiros
“Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas…”
Explicação: O contraste entre o caminho do justo e do ímpio. A estabilidade e frutificação da vida vêm de se deleitar na Palavra de Deus, evitando o conselho dos que desprezam o Senhor.
Referência: Salmo 1
56. O Salmo 51: O Coração Contrito
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.”
Explicação: O modelo bíblico de confissão. Após seu pecado com Bate-Seba, Davi não dá desculpas, mas clama por misericórdia, limpeza interior e restauração da alegria da salvação.
Referência: Salmo 51
57. Provérbios 3:5-6: Confiança e Direção
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.”
Explicação: O perigo da autossuficiência. Somos chamados a reconhecer Deus em todos os nossos caminhos, prometendo que Ele endireitará as veredas e removerá os obstáculos.
Referência: Provérbios 3:5-6
58. Isaías 53: O Servo Sofredor
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades…”
Explicação: A profecia messiânica mais detalhada do AT. Descreve a expiação vicária: o Servo inocente sofre o castigo que pertencia aos culpados para trazer-lhes paz e cura.
Referência: Isaías 53
59. O Capítulo do Amor
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa…”
Explicação: Dons e conhecimento são inúteis sem o amor ágape. Paulo define o amor não como emoção, mas como ação paciente, bondosa e altruísta. É o “caminho mais excelente”.
Referência: 1 Coríntios 13
60. O Hino da Kenosis (Esvaziamento) de Cristo
“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus…”
Explicação: Uma exposição teológica sobre a divindade, encarnação, humilhação e exaltação de Cristo. Ele desceu ao ponto mais baixo (cruz) e foi elevado ao ponto mais alto (Senhor de tudo).
Referência: Filipenses 2:5-11
61. A Galeria dos Heróis da Fé
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.”
Explicação: A fé não é um salto no escuro, mas confiança na Palavra de Deus. Os exemplos de Abel a raabe mostram que a fé verdadeira age, persevera e olha para a recompensa eterna.
Referência: Hebreus 11 – (Veja O que pregar sobre Fé)
62. O Filho Pródigo: A Graça do Pai
“E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão…”
Explicação: A parábola revela o coração de Deus. Ele não espera o pecador com um chicote, mas corre para abraçá-lo. Mostra também o perigo do “irmão mais velho” (legalismo e falta de amor).
Referência: Lucas 15:11-32
Consolo, Esperança e Adversidade
Estas são, certamente, mensagens vitais para fortalecer a igreja, especialmente em tempos difíceis.
63. A Esperança da Ressurreição
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não têm esperança.”
Explicação: O luto cristão é real, mas diferente. Temos a certeza do reencontro e da transformação do corpo na volta de Jesus. A morte não é o fim, mas um “sono” temporário.
Referência: 1 Tessalonicenses 4:13-18
64. Deus Transforma Maldição em Bênção
“Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem…”
Explicação: Deus é soberano sobre o sofrimento humano. Ele pode pegar os piores cenários e usá-los para nosso crescimento e para a salvação de outros, como fez com José.
Referência: Gênesis 50:20
65. A Leve e Momentânea Tribulação
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente.”
Explicação: Paulo compara o sofrimento presente com a glória futura. Vistos da perspectiva da eternidade, nossos problemas (mesmo graves) são “leves” e “passageiros” em comparação com a recompensa eterna.
Referência: 2 Coríntios 4:17-18
66. O Propósito de Deus no Sofrimento
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência…”
Explicação: O sofrimento não é sem sentido. Deus o usa como uma ferramenta pedagógica para produzir caráter, esperança e maturidade espiritual que não poderiam ser formados no conforto.
Referência: Romanos 5:3-5
67. O Vale da Sombra da Morte
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo…”
Explicação: O medo desaparece não pela ausência do vale, mas pela presença do Pastor. Deus não promete nos livrar de passar pelo vale, mas promete atravessá-lo conosco.
Referência: Salmo 23:4
68. O Deus de Toda Esperança
“Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.”
Explicação: A esperança cristã é uma certeza robusta, dada por Deus e energizada pelo Espírito Santo. Ela enche o crente de alegria e paz mesmo quando as circunstâncias externas são desoladoras.
Referência: Romanos 15:13 – (Veja versículos de esperança)
69. A Paz que Excede o Entendimento
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”
Explicação: É uma paz sobrenatural que não faz sentido lógico diante dos problemas. Ela atua como uma sentinela militar, protegendo nossas emoções e mente do desespero.
Referência: Filipenses 4:7
70. Lidando com o Luto à Luz da Eternidade
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor…”
Explicação: O consolo final vem da promessa de um futuro onde a dor será erradicada. A visão do céu nos dá forças para suportar as despedidas da terra.
Referência: Apocalipse 21:4
71. A Resposta de Jó à Perda
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.”
Explicação: A adoração em meio à dor é a mais pura forma de fé. Jó reconhece a soberania de Deus sobre seus bens e família, recusando-se a blasfemar mesmo na angústia extrema.
Referência: Jó 1:21
72. O Socorro Bem Presente na Angústia
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.”
Explicação: Deus não é um observador distante. Ele é um abrigo acessível e imediato quando “a terra se muda”. A estabilidade do crente vem de Deus, não das circunstâncias.
Referência: Salmo 46
73. Não Andeis Ansiosos
“Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?”
Explicação: A ansiedade é, no fundo, uma desconfiança do cuidado de Deus. Se Ele cuida das aves e dos lírios, quanto mais cuidará de Seus filhos. A cura é buscar primeiro o Reino.
Referência: Mateus 6:25-34
Desafios e Chamados Específicos
Finalmente, estes são sermões que convocam a igreja, primeiramente, à ação e, em seguida, à reflexão.
74. A Grande Comissão: A Missão de Todos
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…”
Explicação: Evangelismo e discipulado não são tarefas apenas para pastores ou missionários, mas a missão de vida de todo discípulo. A autoridade de Jesus garante o sucesso da missão.
Referência: Mateus 28:18-20
75. A Importância do Culto Coletivo
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros…”
Explicação: O cristianismo não é uma fé solitária. Precisamos da comunidade para encorajamento, correção e adoração. Abandonar a igreja é enfraquecer a própria fé.
Referência: Hebreus 10:25
76. A Igreja como Família
“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus.”
Explicação: A igreja é mais que uma organização; é a família de Deus. Isso implica em relacionamento, pertencimento, cuidado mútuo e responsabilidade uns pelos outros.
Referência: Efésios 2:19 – (Veja Esboço sobre Família)
77. Lidando com a Hipocrisia na Igreja
“Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”
Explicação: O julgamento crítico destroi a comunidade. Jesus chama ao autoexame antes da correção. A verdadeira espiritualidade começa com a humildade de reconhecer as próprias falhas.
Referência: Mateus 7:1-5
78. O Desafio de Perdoar como Fomos Perdoados
“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”
Explicação: O padrão do nosso perdão não é o merecimento do ofensor, mas o perdão que Cristo nos deu. Perdoar é libertar o prisioneiro e descobrir que o prisioneiro era você.
Referência: Efésios 4:32
79. O Perigo da Indiferença Espiritual
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente… Assim, porque és morno… vomitar-te-ei da minha boca.”
Explicação: A apatia (mornidão) é repugnante para Cristo. Ele deseja zelo e paixão. É um chamado ao arrependimento para uma igreja que se tornou confortável e autossuficiente.
Referência: Apocalipse 3:15-16
80. A Mordomia dos Nossos Dons
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.”
Explicação: Nossos talentos não são nossos, mas emprestados por Deus para servir aos outros. Somos gerentes (despenseiros) e prestaremos contas de como usamos o que recebemos.
Referência: 1 Pedro 4:10
81. A Mordomia do Nosso Tempo
“Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.”
Explicação: O tempo é um recurso limitado e irrecuperável. Sabedoria é usar cada oportunidade (kairos) para a glória de Deus, evitando a distração e a ociosidade pecaminosa.
Referência: Efésios 5:16
82. A Batalha contra a Pornografia e a Cobiça
“Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.”
Explicação: Jesus radicaliza a lei, indo à raiz do pecado: o coração. A pureza exige guarda dos olhos e da mente. É um tema urgente em uma cultura hipersexualizada.
Referência: Mateus 5:28
83. O Perigo do Materialismo
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males…”
Explicação: Não é o dinheiro, mas o amor a ele que destrói a fé. A busca desenfreada por riqueza pode levar ao desvio da fé e a muitas dores. O contentamento é o grande lucro.
Referência: 1 Timóteo 6:10
